Uma pesquisa realizada pela Codenation, startup de Florianópolis especializada em recrutamento e aceleração de carreiras, mapeou o perfil da mulher desenvolvedora brasileira que está entrando no mercado de trabalho.
O objetivo da análise foi compreender o cenário da contratação de mulheres em TI.
Ao todo, foram entrevistadas 1.035 pessoas.
De acordo com o estudo, 55,7% das entrevistadas não se sentem preparadas tecnicamente para trabalhar como desenvolvedora neste momento, seja em nível júnior ou pleno.
Esse número é ainda mais alto entre mulheres de origem indígena: 87,5%.
Ainda assim, 69,1% já fizeram mais de uma tentativa para entrar no mercado de tecnologia, mas apenas 7,8% das respondentes têm mais de quatro anos de experiência como desenvolvedora (CLT ou estágio).
O nível de escolaridade das mulheres desenvolvedoras é alto: 94,5% delas estão cursando ou já concluíram graduação ou pós-graduação.
A maioria delas aprendeu a programar por meio de cursos na internet (48,3%) ou na universidade (47,4).
Mais de 68% estão em transição de carreira, seja de uma tecnologia para outra ou até mesmo de profissão.
Os problemas do setor, segundo elas
56,6% das entrevistadas, tentando entrar ou já fazendo parte do setor de tecnologia, consideram que os maiores problemas a serem trabalhados nesta área são diferenças de salários por gêneros.
Além disso, 51,3% das respondentes também acreditam que é preciso abrir mais espaço à ocupação de cargos de liderança por mulheres e de igualdade na distribuição de atividades e projetos de alta complexidade.
A questão da maternidade também foi levantada por 26% das entrevistadas como um tipo de preconceito em processos seletivos.