Segundo pesquisa feita pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), ao menos 49% dos brasileiros apontam que guardar dinheiro é uma de suas metas financeiras para 2020.
Já 30% disseram que planejam fazer uma viagem, 28% pretendem comprar ou reformar a casa e 27% querem tirar as finanças do vermelho.
Em relação ao ano passado, 68% conseguiram realizar ao menos um projeto, o que representa um aumento de 7,3% em relação a 2018.
Entre os principais objetivos alcançados estão:
- cuidar da saúde (25%)
- pagar dívidas atrasadas (20%)
- fazer uma reserva financeira (17%)
- realizar um tratamento odontológico (14%)
- comprar ou reformar a casa (10%)
Por outro lado, apenas 16% garantem ter concretizado todos os planos traçados e 15% não alcançaram nenhuma meta planejada.
Entre os 83% que não conseguiram realizar todos os seus projetos, a principal meta deixada para trás foi guardar dinheiro (22%).
Entre as justificativas estão:
- 46% desses afirmam que o preço das coisas está muito alto
- 38% que mal conseguiu pagar as contas mensais
- 30% apontarem o surgimento de imprevistos, com gastos extras ligados à saúde, consertos na casa ou no carro
- Além disso, 21% deixaram de alcançar suas metas por perderem o emprego ou terem alguém de casa na mesma situação.
PERCEPÇÃO
A pesquisa revelou ainda que 61% dos entrevistados estão otimistas com o cenário econômico, 11% a menos que no ano passado.
Já 19% acreditam em um ambiente igual e 12% pior.
Entre as principais razões para o otimismo estão:
- sentimento de que as coisas podem melhorar apesar dos problemas (60%)
- confiança de que haverá uma recuperação econômica (48%)
- Também caiu de 72% para 65% a percepção dos brasileiros que esperam uma melhora em sua vida financeira.
- Outros 21% acreditam que em 2020 sua situação deve ser igual e 7% pior
Os otimistas apontam como motivo a expectativa de conseguir manter as contas em dia (57%), economizar e fazer alguma reserva financeira (53%) e realizar algum sonho de consumo (52%).
CRISE
O levantamento apontou também que para 63% dos entrevistados, os efeitos da crise, como desemprego e renda baixa, afetaram o seu dia a dia.
Em contrapartida, 19% não perceberam algum tipo de reflexo no cotidiano e outros 18% não souberam dizer.
No ano passado, 78% dos consumidores fizeram cortes no orçamento, principalmente em refeições fora de casa (46%), compras de itens e vestuário, calçados e acessórios (44%), viagens (41%), ida ao cinema ou teatro (36%), saída a bares e casas noturnas (35%) e gastos com salão de beleza (34%).
Para 2020, os consumidores pretendem tomar atitudes para evitar tais efeitos, como pesquisar mais antes de fazer compras (46%), ter maior controle sobre as contas da casa (42%), comprar produtos similares de marcas mais baratas (38%), evitar fazer parcelamentos (37%) e criar alguma reserva financeira (35%).