O setor de água mineral, bem como o de bebidas em geral, têm em 2020 o grande desafio de avançar em proporcionar a melhoria da cultura da reciclagem de suas embalagens PET, tratando desde o recolhimento até o adequado fim, na geração de novos produtos com este material.
A posição é do empresário Tarciano Oliveira, diretor da Água Mineral Santa Rita e Presidente da Associação Catarinense das Industrias de Água Mineral.
“Vivemos em uma forte onda, apresentando o plástico como o grande vilão pelos males do mundo, esquecendo completamente da realidade que ele trouxe a sociedade, facilidades incríveis na segurança e no transporte de alimentos, sem dizer das mais diversas áreas da sociedade como saúde, educação, produção de equipamentos e máquina”, destaca.
Segundo ele, não está se fazendo conta da dificuldade e das consequências na produção e no transporte de outros tipos de embalagens, exemplificando que “1.000.000 de garrafa pet 500mls corresponde a 1 carreta, o mesmo volume de vidro serão 40 carretas, mais combustível, tráfego nas rodovias, pneus, emissão de gases, gasto de água tratada para a higienização do material retornável”.
“Não podemos imaginar retornarmos ao uso de vidro nas injeções, soros, tubo de sangue, remédios, nem tão pouco, imaginar uma criança pequena levando garrafa de vidro em suas mochilas para aula, que além do peso é perigoso” alerta o empresário.
Para ele, o uso de embalagens plásticas democratiza a existência de empresas de todos os portes, o que não agrada às grandes, que no caso de existir apenas vidro, lata ou papel, rapidamente podem controlar, por compra, toda a produção não permitindo a existência das pequenas:
“Educar e reciclar deveria ser o foco dos governos, ao invés de campanhas e leis eliminando o plástico. Fala-se em ecocopos, louça de vidro, talheres de metal e outros, mas esquecem que para sua higienização irão consumir uma quantidade gigante de água potável, que esta sim, está deficiente. A população está pronta para pagar o preço?”.