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Produtividade do Brasil é quatro vezes menor que a dos EUA

No mundo empresarial, econômico e político, a palavra produtividade é uma das mais mencionadas, porém pouco compreendida em sua essência.

Muitos acreditam que a capacidade de produzir está no número de funcionários de uma empresa, na quantidade de dias e horas trabalhadas, no entanto por que alguns produzem mais com menos funcionários ou menos horas de trabalho? E outros, apesar de equipes gigantes e horas extras surreais, têm resultados inexpressivos?

Dados da consultoria internacional The Conference Board revelam que a produtividade no Brasil é quatro vezes menor do que no Estados Unidos.

O trabalhador brasileiro leva uma hora para fazer o mesmo produto ou serviço que um norte-americano consegue realizar em 15 minutos e um alemão ou coreano em 20 minutos. Mas por que isso acontece?

De acordo com Lázaro Malta, CEO da Ahgora, empresa de tecnologia para recursos humanos, “além do aspecto cultural, que envolvem o uso excessivo de redes sociais, procrastinação, bate papo no café, atrasos em reuniões, o País tem alguns pontos que não contam ao seu favor, como baixa qualificação dos trabalhadores, tecnologia atrasada e mal administrada nas empresas, e por aí vai”. 

Para o empresário, dentro das próprias empresas que cobram tanto pela produtividade, ainda é baixo o estímulo para o aumento da mesma, seja por inclusão de novas tecnologias ou pelo aprimoramento contínuo de seus funcionários. E, por sua vez, falta uma certa iniciativa dos profissionais, que ainda se orientam por meio de uma liderança paternalista e de dependência.

“Dito isso, eis que surge uma única certeza. Todos nós, seja o Bill Gates, Papa ou a Rainha da Inglaterra, temos uma coisa em comum: 24 horas no dia. Sendo assim, saber gerir o tempo é um dos grandes desafios, mas também uma das armas poderosas para se ter sucesso. E a tecnologia é a grande aliada neste processo”, explica.

Dentro das empresas, a grande sacada para aumentar a produtividade, diminuir as horas extras e dar mais agilidade em processos, que antes eram manuais, foi a adesão de softwares geridos em tempo real com a ajuda da Inteligência Artificial, Internet das Coisas e Cloud Computing.

“Com elas, a empresa consegue vencer obstáculos, entre eles a barreira geográfica. Hoje é possível ter informações sobre diversos aspectos da gestão de pessoas, inclusive sobre a jornada de trabalho dos colaboradores, independentemente de onde estiverem. É mais fácil definir horários e escalas, uma vez que são flexíveis e configuráveis”, destaca.

Hoje, já é possível trabalhar remotamente e ter o registro de presença por biometria, por exemplo.

E, ainda, registrar e mensurar atividades diárias pelo computador ou celular.

“Já podemos contabilizar as horas dedicadas a uma demanda específica. Por meio de um software integrado à folha de ponto é possível proporcionar uma gestão mais eficaz do tempo, com análise das informações registradas pelos colaboradores sem que eles estejam no local de trabalho. Ou seja, colocamos na ponta do lápis todo o esforço para a execução de uma determinada demanda e calculamos exatamente o custo de um projeto. Com isso, fica mais fácil identificar quais atividades geram lucro para a empresa e quais a fazem operar no vermelho”, conta o empresário.

A otimização da gestão da força de trabalho dentro das empresas de forma estratégica e baseada em análise de dados também ganha destaque.

“Na Ahgora, utilizamos dados de microlocalização para mensurar a produtividade das equipes e mapear demandas em tempo real. Na construção civil e em serviços terceirizados, por exemplo, é importante saber onde está o colaborador, se após o início da jornada ele está produzindo e quanto tempo permanece em cada local. Os dados ajudam a aumentar a eficiência operacional de cada funcionário em sua jornada de trabalho”, finaliza.

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