Algumas empresas de Santa Catarina já estão adotando o regime de home office como forma de combater novos casos de Coronavírus, classificado pela Organização Mundial da Saúde, na última semana, como pandemia.
A medida leva em consideração que as empresas possam ajudar o estado, que confirmou 6 casos até o momento, a conter o avanço da doença.
Uma das empresas é a HBSIS, que conta com 700 funcionários em Blumenau (SC), além de outros 200 funcionários em unidades em Maringá (PR) e Sorocaba (SP), totalizando 900 profissionais.
Em comunicado divulgado internamente na sexta-feira, dia 13, a empresa informou que permanecerá aberta aos que preferirem o expediente normal ou precisem estar presentes, mas a preferência é por trabalharem em casa.
O acesso é feito por reconhecimento facial, dispositivo que evita o contato das mãos com qualquer superfície.
Além disso, as portas das escadas estarão abertas para evitar que seja necessário tocar em trincos e maçanetas para minimizar a necessidade de uso dos elevadores e contato com os botões.
Na agência de comunicação Briviadez, com cinco escritórios no Brasil (em Santa Catarina fica em Joinville e Florianópolis) e cerca de 250 funcionários, a implementação do home office está sendo mais natural, isso porque já atua com alguns profissionais nesse modelo e, por conta da pandemia, empresa vai estender aos demais, conforme o agravo da situação no estado, para que possam evitar o possível contágio da doença.
“O controle da eficiência do trabalho nesse modelo é medido pela própria equipe, fazendo com que o processo aconteça naturalmente. Como atuamos há tempo com isso, temos políticas claras sobre como funcionar nesse regime”, destaca Fernando Silveira, COO da empresa.
Além do trabalho remoto gradual, a empresa também determinou o cancelamento de viagens, no qual vão usar webconferências como alternativa.
A Neogrid, empresa de soluções para a gestão automática da cadeia de suprimentos com filiais em Joinville (SC), Porto Alegre (RS) e São Paulo (SP), também adota, a partir desta segunda-feira, o home office para os cerca de 700 funcionários.
“Mesmo não tendo nenhum caso registrado ou suspeito, tomamos essa medida para ajudar a conter a crise e evitar uma possível interrupção em nossa operação, além de nos anteciparmos a eventuais emergências e pedidos de isolamento social por parte das autoridades”, destacou a empresa em nota à imprensa.
No perfil do Linkedin, o CEO da Movidesk, Donisete Gomes, disse que enviou um comunicado hoje, dia 15, aos funcionários, que a partir dessa segunda-feira, dia 16, todos trabalham remotamente. Em contato com a equipe do Economia SC, o empresário destacou que são 145 profissionais que vão trabalhar de casa.
Na PagueVeloz, fintech de Blumenau, a recomendação é cuidado redobrado com higiene, mas “quem tiver contato com suspeito ou sintomas deve fazer home office”, explica José Henrique Kracik da Silva, CTO & Chairman da empresa, que está reavaliando duas vezes por dia a situação e necessidade de outras medidas para que a doença não chegue até o escritório onde trabalham.
Já entre as medidas da empresa de tecnologia Teclógica, também de Blumenau, que serão implementadas se houver avanço do coronavírus estão home office, uso de máscaras, cuidados redobrados com higiene e limpeza de áreas comuns, preferência por reuniões online e suspensão de viagens.
