Na última semana, o Perini Business Park, em Joinville, recebeu Paulo Alvim, secretário nacional de Empreendedorismo e Inovação do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC).
Durante o encontro, o secretário conheceu o campus da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), a Conta Azul, a Pollux Automation e o Ágora Tech Park.
“O modelo que se pratica no Perini é interessante, replicável e parte de um pressuposto de uma grande convergência de iniciativas, principalmente do ecossistema de inovação. Um ponto muito significativo foi trazer a universidade para dentro do parque, além dos bons modelos de cooperação. A prática que se tem aqui é extremamente relevante e exemplar. Ecossistemas como os do Ágora mostram caminhos, criam condições mais favoráveis e podem contribuir de forma efetiva para o empreendedorismo de sucesso “, avaliou o secretário.
Ele participou do painel O Profissional que o Mercado Busca, que marcou a apresentação da edição 2020 do Think Tank, e de uma mesa redonda com profissionais da iniciativa privada, de organizações, entidades, instituições de ensino superior, do poder público e de associações.
O principal tema em pauta na reunião foi articular a construção e apresentação, até 20 de maio, de uma proposta única para a instalação no estado de um dos quatro centros de inovação que o MCTIC planeja viabilizar no país.
“A região mais apropriada é a do Norte de SC, onde está toda a experimentação e indústrias relevantes, como as dos segmentos mecânico e plástico”, afirmou Marcelo Hack, presidente do Grupo Perini na América Latina.
Dentre os quatro temas (saúde, agronegócios, cidades inteligentes e indústrias) disponíveis no edital do ministério, a intenção do grupo de trabalho é direcionar esforços para viabilizar uma iniciativa focada na indústria.
“Indústria tem a cara do Estado. O Brasil respeita a indústria de Santa Catarina. Quando falamos sobre inteligência artificial e novas tecnologias, é um caminho natural olhar para Santa Catarina. É onde está concentrado um conjunto diferenciado de iniciativas de ecossistemas que precisa ser ainda mais conhecido, pois pode servir de exemplo e orientação para outras iniciativas do país”, ponderou Paulo Alvim.
As quatro propostas selecionadas pelo MCTIC receberão durante cinco anos aportes anuais de R$ 2 milhões (R$ 1 milhão de contrapartida da iniciativa privada e R$ 1 milhão pelo Governo Federal).
O investimento total previsto é de R$ 40 milhões e, conforme o secretário, os recursos já estão assegurados.
A verba será destinada para custeio das atividades, aplicação de projetos e aquisição de equipamentos dos centros de inovação.