Com pouco mais de 50 anos de história, a Malwee, empresa do setor têxtil de Jaraguá do Sul com presença internacional, tem investido cada vez mais para impulsionar as vendas de seus clientes, promovendo a transformação digital nos negócios.
Exemplo disso é a plataforma A sua loja Malwee, lançada na semana passada pela empresa e noticiada em primeira mão pela revista digital do Economia SC no estado.
Nessa corrida, impulsionada pela pandemia do coronavírus, a solução encontrada foi de acelerar o processo de digitalização, sendo possível ter uma loja virtual completa em apenas 1 hora. Até agora, a empresa acumula em sua rede quase 30 mil clientes em todo o país.
No momento em que o mundo está passando, com as recomendações de distanciamento social e fechamento de alguns setores da economia, a Malwee dará todo o suporte para os lojistas que optarem aderir à plataforma, possibilitando trazer o cliente que frequentava a sua loja física para a experiência de compra virtual.
A solução foi criada em parceria com a startup Kaztor Tecnologia, o Sebrae e o Senai, e está conectada com outras plataformas digitais como Google Meu Negócio e redes sociais, permitindo ao lojista fazer todo o gerenciamento da sua loja online como controle de preços e descontos, gestão de estoque e grade de produtos, cronogramas de lançamento e promoções, além da gestão de clientes e do seu marketing digital. A plataforma já está disponível gratuitamente, pelos primeiros três meses de uso, para todas as franquias e lojas fidelizadas do grupo.
De acordo com Guilherme Weege, CEO do Grupo Malwee, a solução já estava prevista pela companhia desde o ano passado, mas o lançamento foi adiantado com o agravamento da crise econômica brasileira pela pandemia do coronavírus:
“Nosso maior propósito, há 52 anos, é ser o melhor parceiro de negócio de nossos clientes. Diante deste cenário complexo e adverso, estamos focados em apoiá-los na reinvenção de seus negócios, ao passo que avançamos na digitalização do modelo de negócio da companhia. O digital é uma poderosa alavanca de geração de valor econômico e social”.
ATENDIMENTO POR REDES SOCIAIS E VENDAS POR WHATSAPP
O empresário conta que a forma como a plataforma foi desenhada permite aos clientes multimarcas vender até mesmo peças de concorrente das marcas da companhia, iniciativa que não encontra paralelo no setor do varejo de moda brasileiro.
“A sua loja Malwee foi criada para causar uma disrupção na forma como nossos clientes vendem e se relacionam com os consumidores deles e, na perspectiva do consumidor, proporciona uma jornada de compra mais rica”, destaca.
COMO FUNCIONA
O processo de implementação é feito por etapas didáticas, por meio das quais o lojista consegue ter o próprio e-commerce instalado e integrado às redes sociais em poucos passos.
Após a jornada de criação, começa a fase de contato e divulgação da loja e produtos junto ao consumidor, que pode acessar diretamente o site para a sua experiência de compra ou receber o tablóide virtual por Whatsapp.
Neste caso, a venda é toda feita pelo aplicativo de mensagens, desde a escolha das peças, negociação da forma de pagamento, até o alinhamento sobre a entrega.
A Malwee dará suporte na implementação da ferramenta por meio de cursos e vídeos tutoriais aos lojistas para que eles aprendam a trabalhar com uma loja digital.
Além disso, disponibilizará equipes de apoio, curadoria de produtos para divulgação, estratégia de comunicação e divulgação da loja na página oficial do projeto.
CONCEITO DE ECONOMIA LOW TOUCH APLICADA AO VAREJO DE MODA
Além da plataforma, o Grupo Malwee anuncia também o lançamento da solução intitulada VOA (Venda Online Assistida), plataforma de videoconferência, criada a partir dos conceitos da Economia Low Touch, que tem como objetivo realizar venda online para os clientes lojistas por meio do atendimento virtual de representantes comerciais da companhia.
“A era pós-coronavírus será marcada por uma economia digital e com baixa interação social do ponto de vista físico. Essa perspectiva coloca para nós, enquanto iniciativa privada, a responsabilidade de prepararmos o nosso negócio e o negócio dos nossos clientes e, para nós enquanto sociedade global, o dever de mudarmos a nossa forma de nos relacionarmos, de comprarmos e vendermos produtos e serviços. Essas duas novas iniciativas do Grupo Malwee tratam disso”, explica Guilherme.
AUMENTO DA PRODUÇÃO DURANTE A PANDEMIA
Nos últimos dois meses, a empresa produziu mais de 40 milhões de máscaras e 10 milhões de jalecos médicos. Isso porque a procura pelos dois produtos foi exponencial para evitar o contágio do coronavírus entre as pessoas. Para se ter uma ideia, em um ano, geralmente produz cerca de 30 milhões de peças.
SUSTENTABILIDADE
Comprometida diretamente com os desafios do impacto da cadeia têxtil no meio ambiente, em breve, a empresa apresentará ao mercado sua nova aquisição: uma máquina que reduz o consumo de água na lavagem de jeans de 100 para 2 litros.
Depois de cinco anos após o anúncio do Plano Estratégico de Sustentabilidade, a empresa recebeu diversos prêmios nacionais, figurando inclusive entre as 20 mais transparentes do mundo, segundo o Índice de Transparência da Moda 2019.
EXPECTATIVAS
De acordo com Guilherme Weege, este ano a empresa deve bater o faturamento previsto. No entanto, ele calcula “uma queda relevante de 25% receita por conta do fechamento do comércio. Em contrapartida, a produção de máscaras e aventais deve compensar essa redução”.
Para 2021, a expectativa é de 15% a 20% de perda em relação à meta do ano se a gente não ganhar mercado.
“A primeira ação já tomamos, que é olhar para o cliente. Não vamos escapar da perda de renda, mas podemos pensar diferente”, finaliza o empresário.