Maior produtor nacional de carne suína, Santa Catarina bate mais um recorde nas exportações.
Em maio, o estado embarcou 51,7 mil toneladas do produto, faturando mais de US$ 113,6 milhões, esses são os maiores valores já registrados em um único mês desde o início da série histórica em 1997.
Os números são divulgados pelo Ministério da Economia e analisados pelo Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Epagri/Cepa).
Os resultados obtidos em maio trouxeram um aumento de 44,4% no faturamento com as exportações de carne suína em relação ao mesmo período do ano passado, quando comparado ao mês anterior, o crescimento foi de 41,5%.
“Mais uma vez Santa Catarina bate recordes nas exportações de carne suína. Tivemos um grande início de ano, que nos coloca em destaque nas exportações. A China continua sendo o nosso maior mercado e vem aumentando as compras ao longo do ano. A cadeia produtiva, produtores e agroindústrias estão de parabéns por mais um recorde”, destaca o secretário da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural, Ricardo de Gouvêa.
A preferência internacional pelo produto catarinense é resultado do investimento em saúde animal e as garantias de um alimento de qualidade.
O estado é livre de diversas doenças, com o reconhecimento da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), que mostra ao mundo que possui critérios e segurança na produção animal.
No último mês, Santa Catarina aumentou os embarques para mercados importantes como China (+53,6%) , Hong Kong (+78,4%), Japão (+2,1%) e Cingapura (+101,2%).
ACUMULADO DO ANO
De janeiro a maio, Santa Catarina embarcou mais de 198,3 mil toneladas de carne suína, gerando receitas de US$ 451,8 milhões.
O estado respondeu por 52,5% da quantidade exportada pelo Brasil nesse período.
Em 2020, os catarinenses ampliaram em 40,9% o faturamento com as vendas internacionais.
Esses resultados se devem, principalmente, ao crescimento dos embarques para a China, que cresceram 90,2% em quantidade e 121,9% em valor.
Destacam-se também os crescimentos nos embarques para o Japão, com 247,7% em quantidade e 262,1% em valor, e Coreia do Sul, com 29,8% em quantidade e 110,6% em valor.
Segundo o analista da Epagri/Cepa, Alexandre Giehl, as expectativas são de que as exportações sigam em alta ao longo de 2020, ampliando até mesmo as vendas para a China. “Apesar dos esforços do governo chinês, a peste suína africana ainda não foi completamente controlada naquele país. Recentemente, inclusive, a Associação Brasileira de Proteína Animal revisou suas projeções, passando a estimar um crescimento de até 33% nos embarques de carne suína do Brasil neste ano. Esses resultados são de extrema importância, visto que as restrições associadas à Covid-19 e a crise econômica que deve suceder à pandemia prejudicarão sensivelmente o mercado interno”, explica.