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Comércio em Santa Catarina tem a menor queda de vendas do país

O varejo de Santa Catarina amargou queda de 4,3% no volume de vendas, em abril, primeiro mês impactado pela pandemia do coronavírus, conforme aponta a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada nesta semana pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Ainda que o resultado seja negativo e abaixo do registrado em março (-3,2%), foi o melhor desempenho entre todos os estados da federação.

Somando os dois meses, Santa Catarina acumulou queda de 7,4%, contra 18,6% da média nacional, a maior variação negativa desde o início da série histórica em 2000.

Considerando o varejo ampliado, que inclui o comércio de veículos e materiais de construção, a queda é ainda mais significativa (-19,7%), porém o índice é superior à média nacional (-27,1%), na comparação com o mês anterior.

Todos os grupamentos de atividades apresentaram recuo no país, incluindo supermercados (-11,8%) e farmácias (-17%), considerados atividades essenciais.

O setor de vestuário (-60,6%) foi o mais afetado, seguido por livros, jornais, revistas e papelaria (-43,4%).

“A retração do comércio em Santa Catarina foi menor do que no resto do país possivelmente porque o estado adotou em março as medidas de isolamento social, com o fechamento dos estabelecimentos, e pôde começar a abrir as portas no dia 13 de abril, com a retomada gradual das atividades”, avalia o presidente da Fecomércio SC, Bruno Breithaupt

Os dados também apontam uma mudança significativa na relação entre volume de vendas e receita nominal.

Enquanto em março a maioria dos estados observou uma queda menor na receita do que no volume, em abril a média nacional inverteu.

Dobrou o número de estados (11) em que a variação da receita nominal foi mais negativa do que o volume.

Santa Catarina é o estado que mais se destaca nessa disparidade, com redução de 9,2% nas receitas do varejo, ainda assim a menor retração do Brasil.

Este movimento indica que há um processo de redução do ticket médio do comércio, fenômeno associado às incertezas e quedas de renda e emprego, que levam a uma redução do consumo não apenas em volume, mas também em valor.

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