Por Moacir Marafon, diretor executivo e co-fundador da Softplan
Uma das lições que a pandemia do coronavírus tem ensinado a todos os setores da economia é a importância de unir forças para enfrentar desafios coletivos.
Afinal, empresas são feitas de e para pessoas e, se estas não estiverem com o bem-estar em dia, haverá um efeito em cascata nocivo sobre toda a sociedade.
Parcerias público-privadas e outras ações do setor produtivo têm se mostrado soluções efetivas para ajudar a evitar um colapso do sistema de saúde brasileiro e amenizar os impactos da necessidade de isolamento social, imposta pela pandemia, sobre a renda das famílias e de negócios.
A Softplan, empresa que nasceu há 30 anos com o propósito de transformar a vida das pessoas, por meio de suas soluções tecnológicas, não ficaria de fora desse esforço.
Desde o início da pandemia, colocamos nosso time de quase 2 mil colaboradores em home office, seguimos contratando e realizando a integração dos novos funcionários remotamente e, recentemente, decidimos estender este modelo de trabalho até 31 de dezembro. A medida foi tomada, principalmente, pensando na saúde e segurança de todos os colaboradores, familiares e da sociedade.
São ações de proteção à vida que não ficaram restritas aos nossos quadros. Fomos idealizadores, com aporte de recursos financeiros, da criação de um fundo gerido pela Associação Catarinense de Tecnologia (ACATE) para oferecer garantia de crédito a empresas de pequeno e médio porte do ecossistema, preservando, assim, a saúde de negócios e a renda das famílias que deles dependem.
O Fundo Garantidor é uma ação estruturante que já está ajudando muitas empresas. Ao longo do tempo, inúmeras ideias inovadoras deixaram de prosperar devido a falta de capital, e os empreendedores não tinham como garantir os valores para obter empréstimos. O momento atual é desafiador, e nossa crença é de que esta ação possa ajudar os empreendedores a superar seus desafios de caixa.
Em outra frente, a Softplan foi uma das empresas que contribuiu financeiramente com o Fundo Empresarial para a Reação Articulada em Santa Catarina (Fera-SC), criado pela Federação das Indústrias do Estado (FIESC) junto com a Associação Catarinense de Medicina (ACM) e outras entidades.
O objetivo desta ação é destinar recursos a iniciativas que contribuam para a prevenção, diagnóstico e combate do coronavírus no estado, incluindo a compra de respiradores, testes para identificação do coronavírus e equipamentos de proteção a profissionais de saúde. Até o início do mês de junho, a mobilização havia captado perto de R$ 2,5 milhões em recursos e destinado parte desse montante a dez projetos já aprovados.
Eles contemplam o desenvolvimento de soluções de prevenção, diagnóstico e combate à disseminação do vírus e proteção das pessoas, de tecnologias de combate à doença e de outras soluções para manutenção da economia e bem-estar de pessoas isoladas.
Esta ação visa neste momento: o estabelecimento de estratégias para manutenção das atividades econômicas, seja para garantir o abastecimento das pessoas, seja para preservação dos empregos e da estrutura empresarial vigente, visando a posterior recuperação do crescimento sustentável e, principalmente, salvar vidas. São medidas igualmente necessárias a de proteção direta à vida.
Especialmente neste momento de crise sanitária e econômica que estamos vivendo, colaborar com iniciativas de fundos de investimento, realizar doações e integrar a mobilização de esforços, inteligência, ideias e energia para superarmos este grande desafio, que é a pandemia, só reforçam a nossa razão de existir: impactar vidas positivamente.