Com crescimento de 12% na movimentação de TEUs e 10% na tonelagem, o Porto de Itajaí (berços públicos e APM Terminals), encerra o primeiro semestre mantendo números positivos, apesar dos reflexos da pandemia do coronavírus.
De janeiro e junho, o porto movimentou 258.476 TEUs (unidade de medida equivalente a um contêiner de 20 pés) e 2.859.865 toneladas, contra 230.369 TEUs e 2.666.043 toneladas no mesmo período do ano anterior.
Ainda com base para a movimentação de contêineres no período do primeiro semestre quando foram movimentados 258.476 TEUs, contra 98 mil TEUS no mesmo período em 2016, destacando-se no período de três anos e meio (2016/2020), obteve um crescimento acentuado de 380% no porto público operado pela APM Terminals.
Os números também foram positivos para o complexo portuário de Itajaí e Navegantes.
No primeiro semestre o Porto de Itajaí e os Terminais de Uso Privado (TUPs) registraram movimentação de 650.724 TEUs e 7.124.639 toneladas.
No comparativo ao primeiro semestre do ano passado, em que o complexo movimentou 598.110 TEUs e 6.658.309 toneladas, a movimentação representa crescimento de 9% em relação aos TEUs e 7% na tonelagem.
A Portonave (Terminal Portuário de Navegantes), registrou no primeiro semestre a movimentação de 392.248 TEUs e 4.196.899 toneladas, com crescimento de 7% em cada um dos índices.
No mesmo período do ano anterior o terminal movimentou 367.741 TEUs e 3.926.009 toneladas.
“Podemos ainda destacar nesse primeiro semestre, no Complexo, o crescimento de 9% na movimentação da carga de Cabotagem, em que registramos 60.624 TEUs e 511.795 toneladas. Essa movimentação é interessante porque são cargas que deixaram de ser transportadas pelas estradas e passaram para o modal marítimo”, enfatiza Heder Cassiano Moritz, diretor geral de Operações Logísticas da Superintendência do Porto de Itajaí.
Para ele, o principal destaque desse período foi a operacionalização da nova Bacia de Evolução:
“Com a Bacia 02 nós tivemos as operações dos navios acima de 306 metros, que nos ajudou a alcançar esses índices de crescimento. Também é importante ressaltar, nesse aspecto de infraestrutura, a questão da dragagem de manutenção que tem nos dados um ganho operacional e nos permitiu registrar o maior calado de saída de um navio, com 13,2 metros”.
Os ganhos operacionais podem ser observados pela movimentação média por escala, que segundo o diretor, no Porto de Itajaí, obteve um aumento de 10% em relação ao ano passado:
“Hoje nós movimentamos em média 13.240 toneladas por escala, o ano passado movimentávamos 11.739 toneladas por escala. Isso representa um ganho para o armador e torna o nosso porto mais atrativo”.
A saída do navio BARBARA, no dia 24, operado pela APM Terminals (empresa arrendatária do Porto de Itajaí), com 13,2 metros de calado não foi a única marca histórica alcançada nesse período.
Marcelo Werner Salles, engenheiro e superintendente do Porto de Itajaí, destaca mais duas conquistas para o Complexo Portuário de Itajaí e Navegantes.
A chegada, no dia 16, do maior navio de contêiner a operar na costa brasileira, o APL PARIS, com 347 metros de comprimento e 45,20 metros de largura, e a maior quantidade de TEUs movimentados em uma única embarcação na história do Complexo, foram mais de 6.000 TEUs, entre embarques e descargas, no navio MSC SHUBA B no dia 24.
SEGUNDO SEMESTRE
Para o segundo semestre a expectativa é que a movimentação continue em crescimento.
“Historicamente o segundo semestre é sempre melhor em movimentação, então esperamos um bom desempenho para os próximos meses. Eu acredito que nós tenhamos uma recuperação das importações, mas também a manutenção do crescimento das exportações, principalmente relacionado as questões cambiais”, finaliza Heder.