Você já reparou que, às vezes, tentamos inventar formas de fazer diferente algo que é simples, como olhar no olho de outra pessoa e ser suficientemente sinceros enquanto encaminhamos uma demanda?
Essa sintonia nós conseguimos de forma natural quando somos verdadeiros e competentes.
Geramos um engajamento tão forte e duradouro que é capaz de criar uma nova ordem social por meio das pessoas, e não do capital.
Mas não esquecemos jamais o valor do trabalho individual e a meritocracia que impulsiona uma equipe.
Assim é o cooperativismo. A equidade que o cooperativismo traz no seu DNA estabelece uma razão precisa entre sermos iguais e justos e o respeito às diferenças das pessoas e suas finanças.
Pesquisei sobre equidade e muitos sinônimos apareceram, tais como “igualdade, retidão, simetria, conformidade e imparcialidade”.
Equidade também diz respeito à busca pelo reconhecimento do direito de cada indivíduo, de acordo com a sua natureza particular e de forma imparcial, visando a equivalência para torná-lo igual aos demais.
No cooperativismo seguimos a filosofia da equidade, e a prova fundamental disso está no fato de que cada cooperado tem direito a um voto, independente de suas posses, saldo de capital social, movimentação financeira ou status social.
Conseguimos a equidade através do equilíbrio entre as diferentes necessidades de cada indivíduo, valorizando aquele em momento superavitário e aquele que necessita investimentos de terceiros. Intermediamos essa transação sempre procurando a forma mais justa para todos.
FÓRMULA DA EQUIDADE
Poderíamos comparar essa relação de peso/potência da seguinte maneira:
Cooperado superavitário + Cooperado necessitando de investimento – Custo da intermediação financeira por uma cooperativa de crédito + Resultado financeiro dessa operação retornando 100% para ambos = Melhor resultado possível para uma sociedade.
VAMOS ÀS CONTAS
Numa operação hipotética, ao peso do custo do dinheiro atribuímos 1.
À potência do que isso pode gerar positivamente a economia local colocamos 2.
Ao custo da intermediação por uma cooperativa fixamos – 2.
Ao retorno financeiro 100% destinado a ambos colocamos 1.
O RESULTADO É O SEGUINTE
1 + 2 – 2 + 1 = 2
Ou seja, a cada investimento realizado em uma cooperativa de crédito conseguimos retornar à sociedade o dobro. Todos ganham e de forma plena aplicamos o princípio da equidade.
Em um mundo que discute de modo intenso e polarizado o esgotamento das ideologias, o cooperativismo é uma alternativa à concentração de renda do capitalismo, pois uma cooperativa é de todos em quotas iguais, e também ao dilema da produtividade no socialismo, já que numa cooperativa o ganho é proporcional ao esforço de cada um. Ou seja, estamos falando de equidade.
Não existe nenhum sistema produtivo mais próximo da meritocracia do que o cooperativismo.