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Desemprego sobe para 13,3% no segundo trimestre

A queda da população ocupada atingiu principalmente o comércio, que perdeu 2,1 milhões de ocupados Foto: Adenir Britto/CMSJC

O número de pessoas ocupadas no Brasil teve redução recorde de 9,6% no trimestre encerrado em junho, frente ao trimestre anterior: a queda foi de 8,9 milhões de ocupados.

Com isso, a taxa de desocupação subiu para 13,3%, uma alta de 1,1 ponto percentual frente ao trimestre encerrado em março.

Já o número de desocupados apresentou estabilidade e foi estimado em 12,8 milhões.

Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada nesta quinta-feira, dia 6, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A analista da pesquisa, Adriana Beringuy, explica que mesmo com o cenário de estabilidade entre a população desocupada, a taxa de desemprego subiu por causa da redução da força de trabalho, que soma as pessoas ocupadas e desocupadas:

“Essa taxa é fruto de um percentual de desocupados dentro da força de trabalho. Então como a força de trabalho sofreu uma queda recorde de 8,5% em função da redução no número de ocupados, a taxa cresce percentualmente mesmo diante da estabilidade da população desocupada”.

SETORES

Todos os grupamentos de atividade analisados pela pesquisa sofreram queda em relação ao número de ocupados.

O comércio foi o setor mais atingido: 2,1 milhões de pessoas perderam suas vagas no mercado de trabalho, uma redução de 12,3% em relação ao último trimestre. Já o contingente de ocupados na construção teve uma redução de 16,6%, o que representa menos 1,1 milhão de pessoas trabalhando no setor.

Outra perda considerável foi na categoria de serviços domésticos, em que os ocupados foram reduzidos em 21,1% frente ao trimestre encerrado em março. São 1,3 milhão de pessoas a menos nesse grupamento de atividades.

O contingente de pessoas ocupadas na categoria Alojamento e Alimentação também teve redução de 1,3 milhão de pessoas (-25,2%).

CARTEIRA ASSINADA ATINGE O MENOR PATAMAR DA SÉRIE HISTÓRICA

A categoria dos empregados no setor privado sem carteira de trabalho assinada foi estimada em 8,6 milhões de pessoas, uma queda de 2,4 milhões em relação ao último trimestre.

Já contingente de trabalhadores por conta própria teve uma queda de 10,3% e agora chega a 21,7 milhões de pessoas. São menos 2,5 milhões de pessoas nessa categoria.

Já a categoria de trabalhadores do setor privado com carteira assinada perdeu 2,9 milhões de pessoas (-8,9%). Agora o grupo soma 30,2 milhões de pessoas empregadas.

MASSA DE RENDIMENTO TEM RETRAÇÃO DE R$ 12 BILHÕES

O rendimento médio habitual aumentou 4,6% no trimestre encerrado em junho, chegando a R$ 2.500, o maior desde o início da série histórica.

Já a massa de rendimento real teve redução de 5,6%, ou seja, uma perda de R$ 12 bilhões.

“No segundo trimestre, com uma redução importante da população ocupada, a maior parte dessa redução vem dos trabalhadores informais, que são os de menor rendimento. Isso faz com que a média do rendimento acabe aumentando. Com relação à massa de rendimento, por mais que o rendimento médio aumente, sempre acaba pesando mais essa redução bastante forte da população ocupada”, conclui a analista.

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