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Covid-19: software para laboratórios permite colher dados de 5 mil pacientes por dia

Fazer testes para detectar o coronavírus não tem sido uma tarefa fácil no Brasil, com uma população numerosa em grandes centros urbanos.

Algumas cidades instalaram centros de triagem e outras implantaram sistemas de drive-thru.

Nesse contexto, como a tecnologia poderia tornar mais eficientes ações como essas?

A Fundação CERTI, em Florianópolis, desenvolveu um sistema inédito no Brasil voltado especialmente para os coletores dos testes e para os pacientes que passam pela testagem.

O objetivo é tornar o processo de coleta de dados mais ágil e pode chegar a 5 mil exames registrados em um só dia, superando a dificuldade de coletar testes com um número grande de pessoas. 

Os aplicativos integrados ao sistema desenvolvido pela fundação dispensam o uso de planilhas de preenchimento demorado.

Cada paciente que baixar o aplicativo terá um QR Code que pode ser rapidamente escaneado pelo agente de saúde que realizar a coleta.

“Com esta solução, o paciente tem a garantia de que receberá o resultado de seu exame de forma rápida e digital, ao contrário de processos manuais que são passíveis de erros e atrasos. Atualmente a coleta dos exames para Covid num laboratório ou em campo leva cerca de 20 minutos. Com o app, é possível fazer a coleta e liberar o paciente muito rapidamente, com casos de até 1 minuto”, explica Maurício Dobes, diretor de Convergência Digital da CERTI. 

O uso do sistema oferece segurança no diagnóstico e mantém em sigilo as informações sensíveis dos pacientes de acordo com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).

Além da agilidade, outra vantagem é a rastreabilidade: através do aplicativo, é possível, por exemplo, rastrear a geolocalização e determinar quem teve contato com pessoas contaminadas pelo coronavírus de forma anônima.

O software armazena um histórico de exames e pode ser integrado aos bancos de dados do laboratório, podendo ser usado para coleta de outras amostras de materiais biológicos, além de detectar a doença.

“Um sistema como esse facilita ações da saúde pública, pois permite que prefeituras e laboratórios criem processos próprios para vacinas e exames epidemiológicos em larga escala, já que qualquer cidadão poderá ter seu próprio QR code. O governo, por exemplo, poderá usufruir do legado desse software para futuras campanhas de saúde”, conclui o diretor.

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