O número de desocupados chegou a 14 milhões na quarta semana de setembro, de acordo com a PNAD COVID19, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com isso, a taxa de desocupação ficou em 14,4%.
Esta é a última divulgação semanal. A coleta de dados por telefone continuará, para subsidiar as edições mensais da pesquisa, que devem continuar até o final do ano, trazendo dados por unidade da federação e desagregações segundo características sociodemográficas e de trabalho.
“Embora as informações sobre a desocupação tenham ficado estáveis na comparação semanal, elas sugerem que mais pessoas estejam pressionando o mercado em busca de trabalho, em meio à flexibilização das medidas de distanciamento social e à retomada das atividades econômicas”, diz a coordenadora da pesquisa, Maria Lucia Vieira.
Já a população ocupada ficou em 83 milhões, estatisticamente estável na comparação com a terceira semana de setembro.
A coordenadora também destaca que a flexibilização das pessoas quanto ao distanciamento social continuou aumentando no final de setembro.
O grupo de pessoas que ficou rigorosamente isolado (31,6 milhões) diminuiu em 2,2 milhões, na comparação com semana anterior.
Do mesmo modo, aumentou o número pessoas que não tomou nenhuma medida de restrição para evitar o contágio pelo coronavírus.
Esse contingente cresceu 937 mil em uma semana, chegando a 7,4 milhões de pessoas.
A maior parte da população (86,7 milhões) afirmou ter reduzido o contato com outras pessoas, mas continuou saindo de casa ou recebendo visitas na quarta semana de setembro, 1 milhão a mais na comparação com a semana anterior.
Já quem ficou em casa e só saiu em caso de necessidade somou 84,6 milhões.
A coordenadora da pesquisa também observa que continua diminuindo o número de pessoas que tiveram algum sintoma relacionado à síndrome gripal (8,3 milhões) na quarta semana de setembro, uma redução de cerca de 798 mil na comparação com a semana anterior (9,1 milhões). No início da pesquisa, em maio, 26,8 milhões relataram algum sintoma.
A pesquisa também mostra que, na quarta semana de setembro, dos 46,1 milhões de estudantes que estavam matriculados em escolas e universidades, 39,2 milhões (85%) tiveram alguma atividade. Outros 6,4 milhões (13,9%) não tiveram atividade. O restante estava de férias (1,1%).
A pesquisa detalha, ainda, que apenas 26,1 milhões (66,7%) tiveram atividades escolares durante cinco dias da semana. Outros 807 mil estudantes (2,1%) só tiveram atividades uma vez por semana.