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Nesta empresa de tecnologia, as mulheres são metade do time

Elas representam 51,8% da população brasileira, sustentam um em cada quatro lares no Brasil, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mas em tecnologia as mulheres ainda buscam representatividade.

De acordo com um levantamento da Microsoft, apenas 25% dos empregos no segmento são delas.

Enquanto em muitas empresas a presença feminina é mínima, na fintech PagueVeloz essa realidade é totalmente diferente.

A empresa, que desenvolve soluções de pagamento para pequenos negócios, chegou a um marco raro no mercado de tecnologia: atualmente, 50% do quadro de colaboradores é composto por mulheres.

A presença delas subiu junto com o volume de contratações da empresa. Em novembro do ano passado eram apenas 40 pessoas na equipe, número que chegou a 138 em setembro deste ano.

Além do escritório em Blumenau (SC), os profissionais também atuam na unidade de São Paulo (SP).

Atualmente, seis mulheres ocupam cargos de gestão na empresa, nos setores de Suporte, Gente e Cultura, Comercial e Pré-Vendas.

Aline Simas, analista de qualidade de software, entrou na empresa em abril, em plena pandemia:

“Eu tive um certo receio no início, porque entrei na empresa já em regime de home office por conta da pandemia. Eu não conhecia ninguém, não tinha ideia de como seria recebida. No entanto eu percebi logo no início que as pessoas eram muito engajadas e que sempre que precisasse haveria alguém para tirar dúvidas ou me ajudar, especialmente no período de adaptação”.

A head de Gente e Cultura, Raquel Parente, acredita que representatividade é um fator fundamental para o crescimento do negócio:

“Aqui na PagueVeloz respeitando a individualidade de cada um. Acreditamos que um ambiente diverso contribui para a inovação. Em nossos processos seletivos estamos interessados em saber como cada talento pode contribuir para o nosso negócios e clientes. E ter uma representatividade de cada parte da nossa sociedade é fundamental”.

Para o CEO da PagueVeloz, Paulo Gomes, a igualdade de gênero na empresa foi um processo natural:

“O critério de contratação sempre foi composto por questões ligadas à competência, formação e experiência. E nós sabemos que as mulheres têm um perfil muito interessante para a área de inovação porque são muito determinadas e criativas, além de organizadas e comprometidas com os prazos e metas. Aqui elas são parte do time e sempre foram respeitadas enquanto profissionais. O gênero não entra na discussão, muito menos a questão da maternidade, que sabemos que é vista com preconceito em muitos negócios, infelizmente. Só chegamos até aqui por causa das pessoas e pelo nível de engajamento delas. Se não respeitássemos seus limites, a vida fora do trabalho e a preocupação com o equilíbrio entre as duas frentes, especialmente na pandemia, não teríamos chegado a este número”.

PRÓXIMOS PASSOS

Com mais de 100 vagas abertas, a PagueVeloz espera seguir com a presença feminina elevada, em relação aos números do segmento.

“Todas as vagas também são para mulheres, e sempre que tiver um currículo feminino ele será levado em consideração. Dar oportunidade para elas é obrigação e não mérito. As entregas das mulheres falam por si só e é muito interessante vê-las conquistando seus merecidos espaços no mundo corporativo”, conclui o empresário.

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