O Índice de Performance Econômica das Regiões de Santa Catarina (IPER-SC) registrou queda de -14,2% na passagem do primeiro para o segundo trimestre deste ano, na série com ajuste sazonal.
É a maior queda registrada na série histórica do indicador que iniciou em 2004.
Nesta base de comparação, todas as regiões do estado registraram queda, onde as menores se concentraram no Sul (-1,8%) e Alto Vale (-2,4%).
As que registraram maiores quedas foram as regiões do Vale do Itajaí (-18,2%), Norte (-14%) e Serra (-9,4%).
Segundo o economista da Facisc, Leonardo Alonso Rodrigues, com todo este contexto, este ano se tornou desafiador:
“É de fundamental importância as ações de mitigação dos efeitos mais severos que esta nova crise trará, para que sejam os menores possíveis e que os desafios que o momento apresenta sejam superados de forma a atenuar tais impactos”.
O economista explica que alguns pontos são essenciais para entender os dados.
“Os primeiros casos de coronavírus se concentraram nas regiões litorâneas/centrais do estado (Grande Florianópolis, Norte, Vale do Itajaí, por exemplo) impactando mais rapidamente a economia dessas regiões. As atividades econômicas estruturadas no interior foram uma das menos afetadas, como a produção de alimentos e agronegócio em geral. A diversificação econômica de Santa Catarina contribuirá para atenuar efeitos negativos maiores na economia, principalmente já observando os indicadores econômicos mais recentes que revelam uma recuperação positiva no estado. E por último, o destaque as medidas econômicas adotadas para atenuação dos efeitos negativos da crise como o aumento do crédito, medida do auxílio emergencial, medidas tributárias, entre outras que foram essenciais para este momento de pandemia”.