A catarinense BRF, uma das maiores companhias de alimentos do mundo, apresentou nesta terça-feira, dia 8 de dezembro, o plano VISÃO 2030, a estratégia de crescimento que deverá levar a empresa a uma receita anual aproximada superior a R$ 100 bilhões na próxima década, período em que pretende investir mais de R$ 55 bilhões.
Para isso, a companhia, que detém marcas como Sadia, Perdigão, Qualy e Banvit, espera consolidar a sua liderança, como uma empresa global de alimentos de alto valor agregado, com marcas fortes, produtos de alta qualidade e ainda mais admirada pelos consumidores, proporcionando a ampliação do retorno e expansão das margens.
“Pretendemos nos consolidar como uma empresa global de alimentos de alto valor agregado, com portfólio de marcas fortes e produtos cada vez mais práticos e saborosos, de qualidade e confiabilidade no momento que os clientes e consumidores quiserem, onde quiserem e da forma que quiserem. Nossa intenção é atuar de forma sustentável, sendo protagonistas e agentes de transformação”, destacou Lorival Luz, CEO global da BRF.
Dentro da VISÃO 2030, a empresa quer liderar o mercado de ready meals (pratos prontos), o qual se estima deve chegar a R$ 16 bilhões nos próximos anos e apresenta demanda crescente atrelada à tendência do hábito de consumo dos clientes, com expectativa de crescer mais de quatro vezes o seu tamanho atual.
O segmento de suínos de alto valor agregado é outro foco de atuação da companhia, que oferece grande potencial para quintuplicar seu tamanho no Brasil.
Expandir a presença internacional com participação local e relevância em alguns dos maiores centros consumidores de valor agregado do mundo também é destaque dentro da estratégia da empresa.
Em evolução constante e ininterrupta por alguns anos, o mercado PET faz parte dos planos da BRF, no qual pretende ser umas das líderes em cinco anos.
A empresa também espera ocupar posição de protagonismo no mercado de substitutos de carne e novas fontes de proteína, no qual deverá ocorrer a maior transformação do setor de alimentos.
PLANEJAMENTO
A primeira fase da execução compreende de 2021 a 2023, período no qual a companhia pretende focar esforços em aumento de produtividade e eficiência operacional com o objetivo de expandir as margens e gerir custos.
Ao final desta primeira etapa, estima-se que a receita líquida atingirá cerca de R$ 65 bilhões, de modo a dobrar também o EBITDA atual.
Na segunda fase, entre 2024 e 2026, a empresa espera ter uma estrutura de capital mais otimizada, com expectativa de crescimento de cerca de 2,5 vezes em Receita Líquida e EBITDA, em comparação aos níveis atuais.
Na terceira etapa, de 2027 a 2030, estima-se que a empresa entrará na fase de maturação da maioria das iniciativas e com aceleração da captura de valor econômico e continuidade de investimentos. Neste período, espera-se que a receita líquida venha a atingir mais de R$ 100 bilhões, com portfolio de alimentos de valor agregado superior a 70%, e EBITDA que estima-se deverá atingir 3,5 vezes o patamar atual, margens acima de 15% e ROIC de cerca de 16%.
SUSTENTABILIDADE
A VISÃO 2030 da BRF abrange também um plano macro de sustentabilidade com compromissos públicos de ESG (Environmental, Social and Corporate Governance).
Nesse sentido, a partir de 2021, os executivos da BRF terão metas ESG atreladas à entrega deste plano.
Além disso, foi criada uma vice-presidência global de Relações Institucionais, Reputação e Sustentabilidade, que passa a vigorar a partir de janeiro de 2021, com foco no avanço da agenda de ESG.
A nova vice-presidência será ocupada por Grazielle Parenti, com longa experiência no setor de alimentos, e que atua na empresa desde 2019 como diretora de Relações Institucionais, além de ser a atual presidente do Conselho Diretor da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (ABIA).