Retrospectiva: 10 aportes feitos em empresas e startups de SC este ano

Diante de uma pandemia, a tendência do mercado, pelo menos no início do ano, foi de retração. Quando falamos de fundos e grupos que pretendiam iniciar a participação em empresas e startups através de aportes, o cenário de mostrou tímido, mas promissor no decorrer dos meses.

Isso porque alguns segmentos se destacaram e alguns negócios tiveram ainda mais protagonismo, com destaque para o setor de tecnologia.

Nesse conteúdo, reunimos os principais aportes feitos em empresas e startups de Santa Catarina no ano. Os valores vão de 1 a 40 milhões de reais, confira abaixo por ordem cronológica:

Em fevereiro, a Involves, empresa de tecnologia de Florianópolis, levantou R$ 23,5 milhões para acelerar expansão internacional e ter equipes locais na Colômbia e México. O aporte foi feito pelo fundo Bridge One Investimentos, em operação assessorada pela LKC Capital.

Em um momento em que contato físico está restringido e as pessoas mantêm uma distância de pelo menos um metro entre si na hora de fazer compras, a Payface, também de Florianópolis, entra em cena para tornar o processo de pagamento mais rápido, seguro e sem toque. A empresa concluiu em junho uma rodada de investimentos de R$ 3 milhões, somados os aportes feitos pela empresa de tecnologia BRQ Digital Solutions, o fundo Next A&M da consultoria Alvarez & Marsal, a aceleradora Darwin Startups, além de grupos de investidores apoiados pela Harvard Angels e Nikkey Empreendedores do Brasil (NEB), e individuais como o Conrado Engel, ex-presidente do HSBC no Brasil. A startup desenvolve tecnologia própria de reconhecimento facial com objetivo de proporcionar uma experiência diferenciada de pagamento.

Também em junho, o catarinense Gustavo Raposo tirou da gaveta o projeto de fundar uma startup de crédito consignado, a Leve Capital, após reconhecidos investidores do mercado assinarem um cheque de US$ 1 milhão. A startup recebeu aportes do Global Founders Capital (GFC), fundo global de investimento em venture capital. Além disso, o valor compõe parte de investidores-anjo, como Patrick Sigrist e Guilherme Bonifácio (fundadores do iFood), e Rodrigo Dias (CEO e fundador da Butiá Investimentos).

Já em agosto e na contramão da crise, a Invisto, maior hub de investimentos em venture capital da região sul do Brasil, é a prova de que a pandemia não está atrapalhando as rodadas de investimento das startups. Referência para investidores que buscam oportunidades em scale-ups localizadas em Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul, a gestora anunciou o aporte de R$ 1 milhão na Equilibrium, empresa de Florianópolis que otimiza e gerencia o processo logístico de mercadorias no país. 

A Gofind, de Joinville, captou R$ 1,5 milhão numa rodada liderada por Malte Huffmann e Philipp Povel, fundadores da Dafiti Group, além do investidor anjo Sérgio Cochela, o fundo Invisto e a gestora TM3 Capital. O investimento foi concluído na virada para 2020 e divulgado em agosto pela startup. A solução consiste em um localizador que utiliza inteligência artificial para ajudar o consumidor a encontrar produtos disponíveis nas proximidades.

No mesmo mês, a startup Asksuite, de Florianópolis, que desenvolve uma plataforma de vendas diretas e atendimento para hotéis, recebeu um aporte de R$ 4 milhões do fundo de venture capital Abseed. Atuando em um segmento altamente impactado pela crise, a startup foi em busca de investimento para expandir seu negócio ajudando na retomada do setor com o auxílio da tecnologia.

Sem valor divulgado, a Molde.me, de Jaraguá do Sul, que oferece ao mercado têxtil uma ferramenta de modelagem digital na nuvem, recebeu no fim de agosto um investimento da Rede de Investidores Anjo (RIA). A ferramenta desenvolvida pela startup permite que modelistas possam desenhar e digitalizar moldes para automatizar atividades como adicionar margens de costura, fazer gradação para todos os tamanhos, conferir medidas e adicionar pences. 

Um dos maiores investimentos do ano foi feito na Asaas, de Joinville, que desenvolve uma conta digital para empreendedores. O valor do aporte foi de R$ 37 milhões do fundo Inovabra Ventures, braço de venture capital do banco Bradesco, em outubro.

Apenas três dias após vencer o principal prêmio de startups no Brasil, na categoria de startup revelação, a Transfeera, fintech de Joinville, recebeu no mesmo mês um aporte de R$ 3 milhões. O investimento foi liderado pelo fundo GooDz Capital e com a participação da Bossa Nova Investimentos, Honey Island Capital e Curitiba Angels. A empresa, que criou um sistema de gestão e processamento de pagamentos, cresceu 50% e dobrou a base de clientes no último ano.

A startup YAK Tratores Elétricos, também de Joinville, recebeu em novembro um importante investimento através do programa Finep Startup. O aporte total no valor de R$ 1,2 milhão será usado na ampliação da equipe e desenvolvimento de novos produtos, entre eles o trator YAK 80E, que terá um módulo de operação autônomo.

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