O comércio eletrônico foi a forma que a grande maioria das empresas encontrou para enfrentar a crise gerada pela pandemia.
De acordo com a 9ª edição da pesquisa “O Impacto da Pandemia de Coronavírus”, elaborada pelo Sebrae em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), sete em cada dez empresas já atuam nas redes sociais, aplicativos ou internet para impulsionar suas vendas. Em maio, bem no início da pandemia, esse percentual era de 59%.
Em algumas atividades, o número de negócios atuando no ambiente virtual teve um incremento superior a 20%, como é o caso dos segmentos de energia, que apresentou aumento de 37%, beleza com 27%, bem como educação e construção civil, que viram o número de empresas ativas nesse ambiente crescer em 20%.
“Com as restrições de abertura e com o isolamento, os pequenos negócios tiveram que inovar e mudar a forma de vender e de divulgar seus produtos e serviços. A internet tem sido uma grande aliada na sobrevivência de inúmeros negócios no país”, destaca o presidente do Sebrae, Carlos Melles.
O Whatsapp é o preferida pelos empreendedores que inseriram o mundo virtual nas suas vendas, com 84% de adeptos.
Cerca de 90% das empresas que exercem atividades como artesanato, beleza e moda, e que digitalizaram sua comercialização, usam esse recurso para vender seus produtos e serviços.
Instagram e Facebook são as próximas opções, com 54% e 51%, respectivamente. E apenas 23% dos negócios vendem por sites próprios.
Outro dado interessante apresentado pela pesquisa é que as micro e pequenas empresas usam a digitalização de forma mais profissional do que os microempreendedores individuais (MEI), pois utilizam ferramentas mais voltadas para a gestão dos seus negócios.
Entre as micro e pequenas empresas, 55% usam ferramenta de gestão, já entre os MEI, esse número cai para 25%.
A diferença também é confirmada quando o assunto é ferramentas para gestão de clientes (CRM), que são utilizadas por 25% dos donos de micro e pequenas empresas, mas por apenas 12% dos microempreendedores individuais.