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Cooperar como modelo de gestão

Foto: divulgação

Por Agnaldo Leandro Ábila, diretor-executivo da Unicred Vale Europeu

O período de pandemia fez com que todos nós, as cidades e os países refletíssemos sobre o momento atual. Um período marcado por discussões e também por muita polarização. Percebemos claramente que isso nem sempre gera benefício para a sociedade, principalmente para as pessoas mais necessitadas, nem soluções para os problemas que enfrentamos no dia a dia. Acredito que momentos difíceis trazem com eles a oportunidade de refletir, e na pandemia todos tiveram um tempo para pensar e agir nas áreas mais importantes da vida.

Neste contexto conturbado, o cooperativismo vem ganhando força no cenário brasileiro e mundial. As cooperativas de crédito tiveram um crescimento fantástico no ano que passou. Isso não é novidade, pois em outros momentos de crise que o nosso país já atravessou as cooperativas sempre tiveram uma atuação de destaque. Desta vez não foi diferente. Percebemos um crescimento muito forte de novos cooperados, evolução das captações e na carteira de crédito.

Isso se explica quando nos debruçamos sobre os valores do cooperativismo e como este modelo traz benefícios para seus cooperados e a comunidade. No cooperativismo, temos sete princípios: Adesão Livre e Voluntária, Gestão Democrática, Participação Econômica, Autonomia e Independência, Educação, Formação e Informação, Intercooperação e Interesse pela Comunidade.

Quero destacar dois deles, a Educação e o Interesse pela Comunidade, pois as ações realizadas por todas as cooperativas, levando informação e educação às pessoas, fizeram grande diferença nas regiões onde as cooperativas atuam ao longo de 2020. Nem precisamos comentar sobre as doações e várias ações beneficentes que auxiliaram muito as pessoas mais necessitadas.

Então, vamos pensar: o modelo cooperativo já existe há mais de 170 anos e agora, neste momento, segue muito atual para auxiliar os gestores em um pensar diferente. Não só atender uma necessidade do cliente, mas também tomar decisões que possam também disseminar informação, educação ou ações que beneficiem todos ao redor.

O mundo passa por grandes transformações, e estamos chegando a um momento em que teremos de entender que a divisão ou a busca por um “vencedor” não traz benefícios, e talvez iniciar uma nova forma de pensar e agir, estimulando o surgimento de novos gestores com características de cooperação. Isso sem prejudicar a busca da melhoria e dos resultados, mas resultados em que todos possam ganhar, sem perdedores.

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