Com uma cadeia produtiva de carnes em constante crescimento, Santa Catarina busca alternativas para reduzir a dependência de milho e diminuir os custos de produção.
A Secretaria de Estado da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural pretende reforçar o apoio para o plantio de trigo, triticale e cevada.
Esse foi o assunto de reunião entre o secretário Altair Silva e o presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Losivanio de Lorenzi, nesta segunda-feira, dia 22, em Chapecó.
A pasta já desenvolve um Projeto de Incentivo ao Plantio de Cereais de Inverno, que pretende ampliar em 120 mil hectares a área plantada com esses grãos no estado.
“Nesse momento, por exemplo, os suinocultores independentes passam por dificuldades devido à elevação nos preços do milho e ao alto custo de produção. Os grãos de inverno podem se tornar uma alternativa importante para os produtores e para o agronegócio catarinense. A ACCS será uma grande parceira para desenvolvermos a produção estadual”, destacao secretário.
O estado é um dos maiores importadores de milho do Brasil. Todos os anos mais de 4 milhões de toneladas do grão são importados de outros estados e países para abastecer a cadeia produtiva catarinense.
A intenção é ocupar as lavouras também no inverno, trazendo uma alternativa de renda para os produtores e mais competitividade para a cadeia produtiva de carnes.
“Esse ano teremos dificuldades para importação de mais de 5 milhões de toneladas de grãos e precisamos buscar alternativas, ocupando as terras paradas no inverno. Os cultivares de inverno também podem ser utilizados na fabricação de ração para suínos. Outra medida importante é a abertura da Rota do Milho, precisamos que o milho chegue em Santa Catarina com um custo menor”, explica Losivanio.
O incentivo para produção de cereais de inverno vem complementar outras ações desenvolvidas pelo Governo do Estado para aumentar o fornecimento de insumos.
Santa Catarina trabalha para viabilizar a Rota do Milho, trazendo o grão do Paraguai diretamente para a região Oeste, além de executar o Programa Terra-Boa, que apoia a produção de milho de alta qualidade.