A automação de tarefas para os pequenos negócios pode parecer inviável em um primeiro momento.
O que muitos empresários não sabem é que é possível contar com a tecnologia no dia a dia por meio do associativismo.
Apesar de um considerável avanço nos últimos anos, os dados sobre gestão digital em micro e pequenos negócios no Brasil mostram que a maioria dos empreendedores recorre a sistemas manuais para gerir suas empresas.
De acordo com o Sebrae, pelo menos 43% dos negócios ainda fazem a gestão financeira em cadernos ou folhas de papel, enquanto 27% usam sistemas como Excel.
As redes associativas, que reúnem empreendedores com objetivo de ganhar competitividade e ter mais chance de crescimento, além de acesso a novos mercados por meio da compra conjunta, são um exemplo de entidade associativa comum e que pode facilitar o acesso à tecnologia para os pequenos negócios.
Além da aquisição de tecnologia, a troca de experiências entre os integrantes da rede e a aquisição de outros serviços, como de marketing e logística, se tornam muito mais viáveis quando os custos são fracionados entre todos. O associativismo favorece também o compartilhamento de conhecimentos e vivências de cada um entre todos.
A Redvis, rede gaúcha de óticas, utiliza desde 2017 a plataforma de gestão de redes e centrais de negócios da Área Central.
Atualmente com 16 lojas, sede em Sapiranga (RS) e atuação em parte do Leste do estado do estado, tem como objetivo promover o fortalecimento empresarial, por meio da união e cooperação dos associados, visando qualificação, competitividade, inovação e novas possibilidades de negócios, gerando uma experiência positiva e diferenciada para o consumidor final.
Formada principalmente por empresas familiares de pequeno porte e negócios locais, a Redvis busca no associativismo qualificação para os lojistas e melhorias para a gestão do negócio.
“Pela rede ser formada por empresas pequenas e de gestão familiar, no início tínhamos muito desafios e poucos dados para nos orientar, pois cada empresa tinha uma maneira de gerir seu negócio. Então, como rede, não conseguíamos ter dados principalmente para negociar junto aos parceiros. Com a implantação da plataforma da Área Central, este obstáculo foi superado com facilidade. Hoje, a Redvis sabe o seu tamanho e o seu poder de compra, consolidando negociações e sendo respeitada diante dos parceiros”, explica Laerci Ballin, Associada Redvis de São Leopoldo (RS).
Ela ainda conta que a rede se profissionalizou depois da implantação da plataforma da Área Central, criando um calendário de compras conjuntas e conseguindo melhorar as negociações com os fornecedores:
“Antes da Área Central, não conseguíamos organizar as lojas e seus estoques para a finalidade de compra em conjunto”.
Para o CEO da Área Central, Jonatan da Costa, trabalhar em rede vai além da compra conjunta.
Ele comenta que o associativismo empresarial também apresenta benefícios como redução dos custos operacionais; acesso a novos mercados, marca coletiva, já que a utilização de uma marca com abrangência maior nas fachadas e nas campanhas promocionais gera credibilidade e maior fluxo de clientes, estratégias de marketing coletivas, conceito de lojas com padronização de fachadas e de atividades internas, troca de experiência e boas práticas, tecnologias para gestão compartilhadas; capacitação pessoal e parcerias estratégicas.