Especializada no monitoramento remoto de ameaças florestais, utilizando tecnologias para predição de incêndios e sanidade florestal, a Quiron, de Lages, recebeu aporte de R$ 750 mil reais de investidores da Anjos do Brasil, organização sem fins lucrativos, criada para fomentar o investimento anjo e apoiar o empreendedorismo de inovação no país.
A possibilidade da startup receber o investimento foi viabilizada pela Rede de Investimentos Anjo (RIA), uma iniciativa conjunta da Anjos do Brasil e da Associação Catarinense de Tecnologia (ACATE).
“Nós recebemos o contato deles num dia, e dois dias depois, o pitch foi apresentado a mais de 80 investidores da Anjos do Brasil. Na sequência, mais de 30 deles demonstraram interesse. Passamos por comissões internas que fizeram todo o processo de verificação, de modelagem de negócios, de tração, avaliando todos os parâmetros da nossa empresa, que são levados em conta na hora de procurarmos um aporte financeiro”, destaca Diogo Machado, responsável pelos novos negócios da startup.
A tecnologia desenvolvida envolve monitoramento remoto e permite mitigar perdas com ameaças florestais, como pragas, doenças e incêndios.
Através de algoritmos próprios, é possível analisar grandes extensões de terras e identificar áreas de ataque de pragas e doenças em florestas plantadas e também identificar áreas com maior risco de ignição de incêndios florestais.
A empresa tem parcerias com players de todo o mundo para obter dados de satélites e nano satélites, colocando todas essas variáveis dentro dos seus modelos.
Dessa forma, empresas florestais, de celulose e outros territórios podem monitorar ameaças de uma forma totalmente remota, dando às equipes de campo maiores subsídios na tomada de decisão.
Para os empreendedores da startup, o investimento faz sonhar grande. É o que conta Gil Pletsch, CEO da startup:
“Com esse aporte de recursos, será possível estruturarmos melhor a nossa equipe de produção e pesquisa, nosso setor de P&D (Pesquisa e Desenvolvimento). Precisaremos de mais profissionais que tenham mais conhecimentos na área florestal, conhecimento de programação, geoprocessamento, além de, aperfeiçoar os produtos que já temos e desenvolver outras automações que precisam ser feitas”.
A expectativa é de que, até o final do ano, cerca de 15 pessoas integrem o time.
Além de incrementar o setor de pesquisa e desenvolvimento da startup, a ideia é utilizar os recursos para estruturar um setor de vendas escalável.
Hoje a Quiron possui clientes ativos no Brasil e Portugal, mas já mira outros mercados potenciais, como Estados Unidos e países da Europa.