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Sentir que profissões anteriores valeram a pena é essencial para transição de carreira sem traumas

Foto: mohamed_hassan/Pixabay

Mudar de profissão é uma atitude cada vez mais frequente. Mas, o fato de a mudança ter se tornado corriqueira não significa, porém, que ela seja fácil. Com intuito de fazer com que a experiência seja menos traumática, alguns passos e métodos devem ser seguidos.

Rejane Toigo, especialista em mídias sociais e fundadora da Like Marketing. Foto: divulgação

Do alto de quem já mudou de carreira três vezes e agora se encontrou profissionalmente, a produtora de conteúdo, especialista em mídias sociais e fundadora da Like Marketing, Rejane Toigo, relata sua experiência visando facilitar a vida de quem está descontente ou inseguro com a opção profissional atual e deseja dar uma guinada.

Com o mesmo intuito, a psicóloga, treinadora comportamental e mentora de carreira, Fernanda Tochetto, oferece algumas dicas para se fazer uma transição profissional tranquila.

Em 2010, Rejane estava em uma situação profissional delicada. Ela, que havia se formado e trabalhado como dentista, tentado uma carreira como instrutora de ioga, se tornou proprietária de uma loja de artigos infantis, que lhe rendeu franquias.

“Eu não compreendia o modelo de negócio da empresa, pois ele não se sustentava, não era lucrativo e acabei me endividando bastante”, conta.

Fernanda, psicóloga, treinadora comportamental e mentora de carreira. Foto: divulgação

Nessa ocasião, ela conheceu Fernanda, fazendo com que conseguisse achar uma saída rápida para seus problemas:

“Ela fez um trabalho muito interessante comigo, recuperando minha autoestima que estava bem baixa e me mostrando que tudo que havia feito até então tinha valor”, comenta.

A partir dali ela já estava decidida, então, a fazer mais uma transição de carreira: passar de lojista para social media, gerenciando redes sociais de empresas.

Inicialmente, Fernanda mostrou a Rejane que estudo e conhecimento eram essenciais para poder gerir o próprio negócio. Assim como para seguir a nova carreira que já almejava.

“Com o incentivo dela, eu me inscrevi em um MBA de administração e marketing na FGV. Eu achava que era uma fracassada porque havia mudado tanto de profissão. Achava que toda essa minha experiência não tinha serventia alguma”, destaca Rejane.

Hoje, a especialista em mídias sociais acredita que aqueles que passaram por várias transições de carreira são profissionais com mais chances de se adaptarem e encontrarem melhor soluções para seus desafios, justamente por terem frequentando diversos ambientes e se deparado com distintas situações.

Citando seu próprio exemplo, Rejane afirma que foi no comércio de varejo que aprendeu como a mente do consumidor funcionava, habilidade essencial sua profissão atual.

Ela também acredita que sua experiência seja essencial para que ela tenha se transformado em uma profissional que enxergue soluções sob um prisma quase único.

Como fazer uma transição profissional sem turbulências

Conforme a psicóloga Fernanda, uma transição de carreira mais tranquila começa com responsabilidade:

“Aquele que almeja mudar de profissão precisa entender que somente ele mesmo sabe onde está inserido e o como pode ou não se comprometer com sua mudança. Nesse sentido, evitar comparar-se com os outros é de suma importância”.

Segundo a especialista, sem planejamento não há transição profissional tranquila. Para começá-lo da melhor forma, a mentora de carreira recomenda que se trace um “road map”.

Nele, deve-se colocar todos os fatos importantes de sua trajetória profissional, para que se tenha ciência de onde se veio, do que foi conquistado, dos acertos e dos erros e das competências desenvolvidas.

“Ao construir esse mapa, a pessoa identifica suas principais referências, os primeiros modelos seguidos, e começa a entender melhor no que acredita e o que deve fazer para as mudanças acontecerem”, complementa.

Fernanda explica que fazer o ‘”road map” é começar o planejamento pelo diagnóstico:

“Nesta ferramenta, você ficará sabendo quais são seus pontos fortes, aqueles que ainda precisa desenvolver e o quanto está disposto a se dedicar para isso”.

De acordo com a mentora de carreira, um bom mapa deve conter ainda as competências que precisarão ser aprendidas e a gestão do tempo para que suas ações rumo à mudança sejam eficientes:

“O diagnóstico é extremamente importante para fazer o movimento certo e não se deparar com o mesmo problema logo ali na esquina”.

Muito importante nessa etapa de planejamento, segundo Fernanda, é o alinhamento familiar:

“Você, muitas vezes, terá que mudar radicalmente sua rotina para conseguir seu objetivo. Nesse sentido, a compreensão e o apoio do companheiro e dos filhos facilitará sua missão”, diz. Conforme a psicóloga, esse suporte ajudará a pessoa a se dedicar com mais afinco a si mesma. “Quando você se cuida, você tem foco, consegue produzir mais, consegue entregar mais”.

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