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Estratégias de marketing para criar os novos líderes pós-pandemia

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Foto: divulgação

No ano passado houve uma aceleração brutal das mudanças de mercado que estavam previstas para acontecer nos próximos anos e foram realizadas em menos de um ano. Cinco anos em um, num ritmo frenético, com impactos vindos de todas as direções. Os gestores precisam navegar no olho do furacão, analisando todas as possibilidades para poder fazer escolhas que gerem o mínimo de erros e o máximo possível de resultados. 

Os CMOs de hoje se encontram em um momento crucial de suas marcas. Os impactos diretos da Covid-19 são agora bem compreendidos e os orçamentos foram cortados. Passar esse momento crítico é questão de sobrevivência e vai determinar as marcas que vão se conectar com a mente e o coração dos consumidores nos próximos anos. 

Nesse cenário, várias questões surgem:

Como as marcas podem construir para uma sociedade digital que funcione para todos? Como as marcas podem utilizar o seu capital emocional para gerar experiências positivas mesmo nesses tempos turbulentos? Como transformar crise em oportunidade quando as perspectivas não são as melhores possíveis?

A economia digital proporcionou enormes benefícios para a sociedade. Mas também trouxe algumas consequências negativas não intencionais. O desafio agora é que as marcas encarem isso de frente e ofereçam uma economia digital que funcione para todos. É preciso mergulhar a fundo nos verdadeiros propósitos de cada marca e no seu real papel na sociedade, entender como as marcas verdadeiramente agregam valor para as pessoas e a sociedade como um todo e capitalizar em cima disso de forma honesta, transparente, consistente. 

Pesquisa realizada pela Dentsu, entre gestores de marketing globais, identificou as cinco estratégias implementadas pelos CMOs que estão bem preparados para administrar a crise e estão lutando para controlar os destinos de suas marcas, sendo: 

– HIPERCOLABORAÇÃO:

Alinhamento de propósitos e conexão entre as pessoas para realizar os objetivos definidos. 

– HIPEREMPATIA:

Entender profundamente as necessidades dos consumidores e se antecipar às suas demandas para criar experiências memoráveis e propostas de valor realmente consistentes. 

– HIPERAGILIDADE:

A capacidade de pensar e agira como uma startup para se desconectar de ideias preconcebidas e conseguir reagir rapidamente às mudanças de cenário, gerando inovação de verdade. 

– HIPERCONSOLIDAÇÃO:

A capacidade de pensar simples. Racionalizar portfólios de produtos e serviços, para aumentar a resiliência da empresa sem perder negócios. Escolher bem as batalhas que serão travadas. 

– HIPERTRANSPARÊNCIA:

Em tempos hiperconectados, é fundamental agir com honestidade e ética para criar uma marca que resista a todo tipo de escrutínio, e não seja vítima da cultura de cancelamento. 

Conectar essas estratégias de forma consistente pode ser a diferença entre o sucesso e o fracasso. A pandemia e a consequente transformação abrupta do comportamento das pessoas e do cenário de mercado exigem uma adaptação rápida, decisiva e constante da gestão de marketing. 

Essas estratégias separam os gestores de marketing que são verdadeiros líderes dos meros seguidores. São elas que podem garantir o fortalecimento das marcas nesses tempos de crise e que vão construir o novo cenário de mercado quando tudo isso passar. Um novo cenário de mercado se desenhará, com novas conexões, novas relações fortes construídas a partir das experiências desse período turbulento, novas percepções de marca e, sim, novos líderes. 

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Estrategista de marcas, especialista em inovação de marketing, fundador da Nexia Branding e sócio-fundador do Fluxo.

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