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71% da população veem recuperação da economia somente a partir do próximo ano, mostra pesquisa da CNI

Foto: lukasmilan/Pixabay

O ritmo da vacinação e a segunda onda da pandemia derrubaram a expectativa do brasileiro em uma retomada mais rápida da economia.

A terceira edição da pesquisa “Os brasileiros, a pandemia e o consumo”, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), encomendada ao Instituto FSB Pesquisa, mostra que 71% das pessoas consideram que a economia vai levar, pelo menos, um ano para se recuperar. Em julho de 2020, eram 61%. Foram entrevistadas 2.010 pessoas, entre 16 e 20 de abril deste ano.

Esse sentimento impacta os hábitos de consumo e foi influenciado pela vacinação: 83% dos entrevistados consideram o ritmo de vacinação no Brasil lento e 35% das pessoas que ainda não foram imunizadas não têm expectativa de serem vacinadas esse ano.

Dados oficiais mostram que apenas 13,2% da população foram vacinadas. Do total de entrevistados pela pesquisa, 9% já tomaram a primeira dose da vacina e 6%, as duas doses.

De acordo com o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, a aceleração do ritmo da vacinação dos brasileiros contra o vírus é condição imprescindível para combate eficaz à pandemia:

“Só a imunização em massa da população contra a doença recolocará o Brasil no caminho da retomada da economia, do dinamismo do mercado consumidor e na rota dos investimentos. Mais importante, a rápida execução do Plano Nacional de Imunização, respeitando a ordem dos grupos prioritários, permitirá que a população brasileira possa, enfim, contar com a proteção contra essa doença que tem trazido enorme custo humano para o país e o mundo”.

46% viram sua renda diminuir ou ser zerada pela pandemia

A pesquisa mostrou um medo menor da população em perder o emprego do que no último ano. Em abril de 2021, 41% assinalaram ter um medo grande ou muito grande de perder o emprego. Em julho de 2020, eram 45% e, em maio, 48%.

Apesar disso, 32% dos trabalhadores afirmaram que a renda diminuiu e 14% perderam totalmente a renda, nos últimos 12 meses. Para 41%, a renda ficou estável e 10% registraram aumento.

Em outra pergunta, quanto às expectativas sobre sua renda para os próximos seis meses, 3% acreditam que perderão totalmente, 9% veem redução parcial e 83% consideram que não terão mudanças.

Diante de todo esse cenário de crise e pandemia, 71% da população afirmam ter reduzido seus gastos desde o início da pandemia.

Os motivos teriam sido os seguintes: 30% perderam parte ou toda renda; 38% se dizem inseguros quanto ao futuro; 27% alegam o fechamento do comércio e 5% não responderam.

Nesse tópico, o que chama a atenção é o fato de 37% dos respondentes afirmarem que a redução do gasto será permanente, percentual que há um ano estava em 29%.

A pesquisa completa pode ser conferida clicando aqui.

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