Search

Inspirada no Vale do Silício, startup de Joinville foca na formação de desenvolvedores para suprir demanda do mercado tech

Maurílio Benevento. Foto: divulgação

Criada em março do ano passado, início da pandemia no Brasil, a StackX, em Joinville, nasceu com o propósito de formar novos desenvolvedores em todo o país.

Inspirada pelo modelo Lambda School, do Vale do Silício, no Estados Unidos, o diferencial desse formato é que o aluno só paga pelo curso depois de conseguir uma colocação no mercado de trabalho. 

“Seguimos o viés do empreendedorismo social, buscando, através do nosso trabalho, melhorar as condições da sociedade. Oferecemos desenvolvimento técnico em seis meses e já direcionamos nossos alunos para empresas parceiras, para já serem absorvidos pelo mercado de trabalho”, explica o co-fundador da startup, Maurílio Benevento.

O empresário conta que boa parte dos nossos alunos são jovens, com média de 16 anos, em situação de vulnerabilidade.

Outros perfis de estudantes são profissionais de outras áreas que querem embarcar no setor de tecnologia e profissionais que precisam de uma nova roupagem para novas tecnologias. 

“Essa persona é interessante porque as faculdades formam em torno de 46 mil pessoas por ano. Somente 50% vai para o mercado, porque precisam de confiança e mentoria. É aquela pessoa que absorvemos e aproximamos dos nossos parceiros. Depois de seis meses, seguimos oferecendo mentoria aos nossos alunos. Esse é outro diferencial”, relata. 

Ao lado do sócio Fabiano Dell Agnolo, decidiram criar o negócio logo no início da pandemia, o que pode ter ajudado a impulsionar a escola.

“Abrir um negócio na pandemia foi muito desafiador, mas, por outro lado, abriu o cenário de transformação digital na força. Muitas empresas precisaram fazer o que não estava sendo feito. Nós precisamos nos relacionar com várias pessoas, vender a ideia por webinars e reuniões remotas. Mas como o projeto é bom, tivemos força para começar mesmo em meio a pandemia”, complementa.

Dentre as empresas parceiras, estão: CRMThink, TiFlux, SAT Company (SP), CINGO, ConnectThink

MÉTODO DE ENSINO

Maurílio conta que, por ser um curso de seis meses, a parte prática é muito importante para os alunos assimilarem os ensinamentos de forma mais rápida.

Eles se reúnem em grupos de estudos e passam a analisar uma tecnologia específica, como a Integromat,  uma plataforma de integração que permite conectar aplicativos e automatizar fluxos de trabalho.

“Eu quero conectar o Gmail com o Drive, por exemplo. Então, esse desenho se torna intuitivo quando é feito na prática. Os softwares, como a Integromat, são uma espécie de esteira, com uma série de opções. Nossos alunos entendem isso e proporcionam essas conexões para as empresas parceiras. Isso permite que eles desenvolvam aplicativos que vão atender ao mercado corporativo, já que uma empresa grande precisa conectar seus negócios”, explica. 

O curso de 360 horas é todo online e passado em módulos, como cursos de pós-graduação, atualizados para atender as demandas do mercado juntamente com as empresas de tecnologia..

“A StackX também busca posicionar profissionais olhando para o futuro e as tendências do mercado, como o Low Code (plataforma de desenvolvimento de baixo código), cada vez mais crescente. Existe um estudo do Gartner que, até 2024, esse aspecto do Low Code vai ser responsável por 65% do desenvolvimento dos apps do mundo. Já estamos preparando nossos alunos nessa parte técnica”, destaca. 

Em um ano, com 8 professores profissionais de carreira e quatro pessoas na equipe administrativa, a StackX já tem alunos de 17 anos formados e empregados. Além disso, as turmas atuais estão em fase de entrevistas para vagas de trabalho.

Em 2021, a startup foi selecionada para o Programa de Capacitação Startup SC e, com isso, visa crescer e fortalecer seu posicionamento no mercado, além de trazer novas parcerias que possam absorver esses alunos.

Compartilhe

Tudo sobre economia, negócios, inovação, carreiras e ESG em Santa Catarina.

Leia também