O professor e pesquisador Antonio Kanaan, do Departamento de Física, e dois ex-alunos da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) estão envolvidos em um projeto internacional de astronomia que acaba de descobrir uma estrela ultra pobre em elementos químicos que desafia os modelos de evolução das primeiras estrelas do universo.
Ele é um dos cientistas-chave do projeto S-PLUS (Southern Photometric Local Universe Survey), que está mapeando o céu austral a partir de Cerro Tololo, no Chile, com um telescópio robótico de 86 centímetros de diâmetro.
Os pesquisadores da UFSC estão envolvidos desde a instalação do telescópio até o desenvolvimento de um software para robotização do equipamento.
O software desenvolvido, chamado Chimera, é gratuito e está disponível clicando aqui. De acordo com a descrição na página, “é um pacote de controle de observatórios astronômicos, visando a criação de observatórios remotos e até autônomos (“robóticos”) de forma simples. Usando Chimera você pode facilmente controlar telescópios, câmeras CCD, focadores e cúpulas de uma forma muito integrada”.
Esse mesmo sistema é usado no observatório da universidade, onde foi desenvolvida a maior parte do programa, e também no Observatório do Pico dos Dias, em Minas Gerais, que possui um telescópio de 40 centímetros.
O pesquisador destaca a grande contribuição científica trazida pelo telescópio:
“Com esse mesmo telescópio ajudamos a encontrar a galáxia de onde vieram as ondas gravitacionais de uma certa explosão detectada pelo LIGO (sigla em inglês para o Observatório de Ondas Gravitacionais por Interferômetro Laser, da National Science Foundation (NSF), dos Estados Unidos), o detector de ondas gravitacionais. Foi uma pequena contribuição no meio de um mar de gente, são cerca de 4 mil autores no artigo, mas um negócio super importante”.
Texto: Luís Carlos Ferrari/Agecom/UFSC
