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Manutenção de máquinas precisa ganhar força durante o processo de inovação

Foto: divulgação

Por Juci Machado, diretor de Service da Delta Máquinas.

Investimentos em inovação contribuem com a eficiência industrial, independente do mercado de atuação. Mas, não é apenas com novos equipamentos e tecnologias que uma empresa garante a sua produtividade e competitividade no mercado. É preciso olhar também para a manutenção dessas máquinas, ter conhecimento de todos os recursos disponíveis em cada um desses equipamentos e acompanhar diariamente os processos.

Durante este período de pandemia, questões relacionadas à manutenção do maquinário podem, muitas vezes, ter ficado para segundo plano. Isso porque empresas estão trabalhando com equipes afastadas ou em menor número, e também com redução de custos.

No entanto, é preciso ressaltar que ter atenção com a administração das tarefas onde esse maquinário está envolvido, é fundamental para qualquer operação. Isso porque justamente este cuidado pode reduzir problemas de paralisação da rotina de produção, afastar possibilidades de acidentes de trabalho e, consequentemente, diminuir os riscos de prejuízos que impactam diretamente nos resultados de uma empresa.

Além do acompanhamento dos processos, o cálculo conhecido como OEE, ou Overall Equipment Effectiveness (Eficiência Global de Equipamentos), é um indicador utilizado para mensurar a eficiência dos equipamentos de uma indústria, sendo esse um dos principais índices que analisam a produtividade industrial.

Por meio do OEE é possível saber a frequência que o seu maquinário está disponível para funcionamento, o tempo de produção, e a quantidade de produtos produzidos em condições de comercialização, ou seja, sem refugo – segunda qualidade.

O cálculo do OEE é feio por meio da equação: disponibilidade x performance x qualidade = índice OEE. Isso significa que essa simples conta pode auxiliar empresas a responderem questões importantes, como:

  • As máquinas e suas peças estão se movendo entre as estações o mais rápido possível? 
  • Os revezamentos estão sendo realizados de forma certa? 
  • Quando necessário, as ferramentas destas máquinas estão disponíveis? 
  • A produção está apresentando diferença quanto ao time? 
  • As pessoas envolvidas nos processos estão conseguindo atuar com as máquinas de forma correta e simples? 
  • Os testes de qualidade se apresentam da forma que deveriam?

O cálculo OEE foi desenvolvido pelo nomeado imperador do Japão, engenheiro e físico Seiichi Nakajima, o mesmo que é considerado pioneiro na indústria e pai do sistema de Manutenção Produtiva Total (TPM). O método foi difundido na intenção de descobrir onde havia perdas produtivas causadas pelos equipamentos e para revelar a verdadeira taxa de produção em uma indústria que conseguiria suprir as necessidades dos consumidores.

No setor têxtil, olhar para manutenção pode ser mais do que um cuidado: estamos falando aqui de uma atitude estratégica. Isso porque em 2020, em razão da crise instalada pela Covid-19, o setor sofreu algumas dificuldades, como grande parte da economia. E, para 2021, a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit) estima que manufaturas têxteis e de vestuário devem crescer, respectivamente, 8,3% e 23% na comparação com 2020. 

Potencialize a produtividade 

Na produção têxtil, é muito comum identificar gargalos produtivos, mas não saber a razão deles. Mesmo com o investimento em novos equipamentos, existe uma grande diferença entre a capacidade dos maquinários e o seu uso produtivo.

Então, para identificar a qualidade, performance e disponibilidade dos equipamentos para nivelar o fluxo de produção, o cálculo OEE é aplicado como um indicador de rendimento, de tal forma que é possível analisar as perdas produtivas na produção têxtil.

Além disso, esse estudo deve ser feito considerando a sua matéria-prima, pois não se pode focar somente em aproveitar a capacidade máxima de um maquinário sem considerar os insumos, que podem apresentar níveis de descuido com a matéria e resultar em sobras de tecidos, por exemplo. Em outras palavras, é preciso nivelar estes dois fatores: equipamento e matéria-prima para, assim, ingressar de fato na era da Indústria 4.0 e garantir usabilidade e eficiência em todos os níveis da cadeia produtiva.

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