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Sem máscara de mau: aplicativos podem ser facilitadores da educação

Foto: Victoria_Borodinova/Pixabay

O Ministério da Educação lançou em novembro do ano passado um aplicativo para auxiliar crianças de 4 a 9 anos no processo de alfabetização.

O GraphoGame, que já é utilizado em mais de 30 países do mundo e adaptado em 25 línguas, foi desenvolvido inicialmente na Finlândia para auxiliar crianças com dificuldades de leitura.

Mas, estudos científicos apontaram que o aplicativo potencializa o aprendizado e é ainda mais efetivo quando utilizado sob a supervisão de um adulto.

“Uma iniciativa da instância maior da educação no nosso país só comprova que os aplicativos podem ser aliados no sistema de aprendizagem, ainda mais atualmente, considerando toda a mudança no contexto do ensino escolar por conta da pandemia”, comenta Rodrigo Hulsenbeck, CEO da PremierSoft, empresa especializada no desenvolvimento de aplicativos para diversos segmentos, incluindo soluções educacionais para grandes marcas que atuam com crianças. 

Em um mundo globalizado e com acesso cada vez mais facilitado às tecnologias, o contato das crianças com as ferramentas digitais é inevitável.

Por isso, o acompanhamento dos responsáveis no momento do uso de aparelhos eletrônicos é decisivo na forma como os pequenos absorvem a informação desses meios.

“O ideal é que crianças até dois anos tenham zero contato com telas. Os pequenos precisam de vários estímulos para o seu desenvolvimento, então o indicado é que não tenham acesso a celulares ou outros aparelhos do gênero porque isso afeta nas questões cognitivas, na linguagem, nas habilidades sociais e no comportamento. Já a partir dos quatro anos, o uso de aplicativos com a orientação dos pais pode auxiliar alguns aspectos da aprendizagem, desde que com supervisão e um limite de tempo, sempre! Além disso, o adulto precisa observar o objetivo do aplicativo, o que oferece para alcançar esse objetivo e avaliar como aquilo pode agregar conhecimento da criança”, explica Patrícia Zogbi dos Santos, psicóloga infantil. 

Rodrigo concorda com a psicóloga e destaca o quanto é importante o acompanhamento dos pais para alcançar o objetivo proposto pelos aplicativos:

“Quando um aplicativo é desenvolvido, muitas questões são levadas em consideração. No caso de um produto para crianças, é importantíssimo que o desenvolvedor tenha em mente a faixa etária do público-alvo e se preocupe com o impacto que aquele aplicativo vai causar. Aqui na PremierSoft, por exemplo, ao desenvolver o aplicativo Pequenos Criativos School, para a Faber Castell, seguimos uma série de quesitos, inclusive baseados em orientações de profissionais como psicólogos e pedagogos, para que o produto tivesse efetivamente uma finalidade educativa, com a interação de pais e professores com as crianças, por exemplo”.

INTRODUÇÃO AO UNIVERSO DIGITAL JÁ VEM DE BERÇO

Com um ambiente divertido, jogos de palavras, estímulos visuais e musicais que chamam a atenção, os aplicativos podem proporcionar uma relação prazerosa com o aprendizado.

“Atualmente as crianças já nascem sendo introduzidas ao universo tecnológico e esse meio não precisa ser somente um sinônimo de distração. Os aplicativos educacionais, quando usados de maneira a criar um ambiente seguro, permitem que as pontas do sistema educacional se conectem e compartilhem experiências a fim de melhorar o engajamento escolar”, complementa o empresário.

É o que constatou a empresária Fabiana Piske, mãe da Vitória, de 8 anos. A menina sempre teve o acompanhamento dos pais no uso de tecnologias e foi através de aplicativos no celular que teve o primeiro contato com línguas estrangeiras, por exemplo.

“Percebemos que o uso de aplicativos ajudou a Vivi no desenvolvimento de potencialidades. Quando ela era menor, a coordenação motora e o senso de espaço, movimento e percepção do mundo foram bastante ajustados pelas informações de aplicativos, além dos estímulos normais que nós pais dávamos a ela”, conclui a mãe.

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