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3 em cada 10 MEI fecham as portas em até 5 anos de atividade no Brasil

Foto: Free-Photos/Pixabay

Os microempreendedores individuais (MEI) são os que apresentam a maior taxa de mortalidade em até 5 anos.

De acordo com a pesquisa Sobrevivência de Empresas (2020), do Sebrae com base em dados da Receita Federal e com pesquisa de campo, a taxa de mortalidade desse porte de negócio é de 29%. Já as microempresas têm uma taxa de 21,6% e as de pequeno porte de 17%.

Segundo o estudo, é possível inferir que a maior taxa de mortalidade dos MEI também esteja associada à extrema facilidade de abrir e de fechar esse tipo de empreendimento, quando comparado às Microempresas (ME) e às Empresas de Pequeno Porte (EPP).

Além disso, quanto menor o porte da empresa, mais difícil obter crédito para manter o capital de giro e conseguir superar obstáculos como os ocasionados pela pandemia.

Entre as empresas que encerraram as suas atividades, cerca de 34% acreditam que ter acesso a crédito poderia ter evitado o fechamento da empresa.

Ainda segundo o levantamento, apenas 7% desse grupo de empresas solicitaram crédito bancário e obtiveram êxito.

Ao analisar a sobrevivência por setor, o levantamento detectou que a maior taxa de mortalidade é verificada no comércio, onde 30,2% fecham as portas em 5 anos.

Na sequência, aparecem indústria da transformação (27,3%) e serviços (26,6%).

As menores taxas de mortalidade estão na indústria extrativa (14,3%) e na agropecuária (18%).

Minas Gerais é o estado com a maior taxa de mortalidade com um percentual de 30%.

Distrito Federal, Rondônia, Rio Grande do Sul e Santa Catarina apresentaram uma taxa de mortalidade de 29%.

Amazonas e Piauí foram os que apresentaram as menores taxas de mortalidade, com 22%, seguidos por Amapá, Maranhão e Rio de Janeiro, com 23%.

OUTROS DADOS RELEVANTES:

  • 42% dos entrevistados estavam desempregados até três meses antes de abrir a empresa. Este número é expressivamente maior do que o total de desempregados verificados na pesquisa realizada em 2016: 23%.
  • Dentre aqueles que estavam desempregados antes de abrir a empresa, apenas 41% continuam com o empreendimento em atividade atualmente. Já entre os que estavam empregados, esse número sobre para 51%.
  • 72% dos entrevistados possuíam experiência anterior ou conhecimento no ramo de negócio da empresa.
  • 57% dos entrevistados consideram que empreenderam por oportunidade. Enquanto isso, quase 30% dos respondentes empreenderam por necessidade. Em comparação à pesquisa de 2016, observa-se uma diminuição no percentual de empreendedores que abriram empresas motivados por “oportunidade”.
  • A sobrevivência de quem empreende por oportunidade é de 58%, já no grupo de quem empreende por necessidade, esse percentual cai para 28%
  • Entre os empreendedores que fecharam a empresa, 34% dos acreditam que ter acesso a crédito poderia ter evitado o fechamento do negócio. Já ¼ dos respondentes afirmou que ter mais clientes teria sido útil.

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