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Economia SC Drops: os desafios que ainda persistem no home office

Foto: Daniel Zimmermann

Desde março do último ano, o mundo teve o gosto da maior experiência de home office já vivida, infelizmente atrelado a uma das maiores crises sanitárias da história. Para aqueles que já ansiavam trabalhar em casa, o movimento gerou produtividade e mais liberdade, já para quem prefere o escritório, tornou-se um desafio pouco maior. Nesse meio, a tecnologia foi capaz de amenizar os impactos e aproximar as pessoas de uma forma nunca vista.

No Economia SC Drops de hoje conversamos com Irene da Silva, CEO da Ellevo e colunista do Economia SC, sobre tecnologia, produtividade e os desafios que ainda persistem no modelo de trabalho home office. Nas respostas, ela teve o apoio da própria equipe. Confira abaixo

Quais desafios persistem no modelo de home office tanto para o gestor quanto para o colaborador?

Irene: É manter a cultura e integração das pessoas. A gestão de pessoas é uma tarefa bastante desafiadora. A desconfiança no próximo permitiu uma gestão controladora desde o início da era industrial. O sistema de produção busca a gestão por produtividade e controle. Estes e outros fatores inviabilizaram por anos um trabalho home office, enraizando uma cultura do trabalho presencial. A pandemia “forçou” a quebra do paradigma tanto de produtividade do trabalho remoto, quanto da qualidade, mas veio mudando radicalmente conceitos e sem permitir que as pessoas pudessem se estabelecer e se adaptar as mudanças.

O trabalho remoto exigiu grandes adaptações de gestores e equipes. Como a tecnologia auxiliou esse processo?

Irene: O trabalho exigiu mais organização e planejamento dos gestores, o que fazer, como fazer. Adotar reuniões sistemáticas diárias com as equipes, por exemplo, melhorou muito a rotina de cada colaborador. A gestão das atividades é realizada por meio de nossa solução Sistema Ellevo, o que já era feito anteriormente quando estávamos presencial, então continuamos a fazer do mesmo jeito. As reuniões online que forma rotinas e happy hours. Em contexto geral, os profissionais têm aprendido a utilizar a tecnologia ao seu favor, garantindo efetividade e agilidade em todas as etapas do trabalho.

O que ainda precisa evoluir para melhor aproveitamento do home office?

Irene: A evolução do home office é um conjunto de coisas envolvidas: adequar-se os ambientes domésticos para o trabalho, espaço móveis ergonomicamente adequados, luminosidade, coisas que as normas de qualidade exigiam das empresas nos ambientes corporativos. Sistemas de gestão não tem como gerir as atividades e entregas. Se a empresa não tiver alguma ferramenta específica para a gestão das atividades, além de processos de avaliação de resultados, programas de participação em resultados, precisará evoluir neste sentido. E também investir em programas de integração de equipes, a fim de manter a cultura organizacional do time.

O distanciamento de equipes afeta a produtividade? Como o gestor pode aproximar os colaboradores a fim de atingir o melhor desempenho possível?

Irene: O distanciamento, no meu entender, aumenta a produtividade. As pessoas se distraem facilmente, mas garantir o engajamento com reuniões pontuais diárias e happy hours, mesmo a distância, faz todo sentido. Além disso, profissionais com perfil voltado ao universo da tecnologia, por exemplo, tendem a ser mais produtivos no home office. Embora a distância seja um fator importante no relacionamento do gestor e seus liderados, não é desculpa para ter uma excelente performance. Um gestor que tem 20 liderados pode cuidar bem de todos, um gestor que tem 60 liderados não cuida bem nem de 20 liderados. O alto desempenho de um colaborador está relacionado a vários fatores como:

  • Ter uma excelente relação com todos seus colegas, principalmente os colegas do seu time
  • Ser auto gerenciável
  • Ter claro quais são suas atribuições e responsabilidades
  • Ter um plano de desenvolvimento individual
  • Ter as ferramentas e informações necessárias para desempenhar suas atividades
  • Ter feedbacks constantes para saber aonde acertou e errou e como melhorar
  • Ser reconhecido financeiramente

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