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Cultura digital: por que ela precisa fazer parte do seu negócio

Foto: divulgação

Por Gilson Chequeto, CEO da Lincros.

Nunca se discutiu tanto a digitalização e boas práticas de automação nas empresas como no último ano. Impulsionados pela incerteza econômica e as restrições causadas pela pandemia, negócios de todos os segmentos precisaram se adequar e agilizar a implantação de soluções que garantissem a continuidade do negócio, mesmo em meios digitais.

Prova disso, por exemplo, é o crescimento do varejo digital, que chegou a 73,88% em 2020, na comparação com o ano anterior. Nunca se comprou tanto no e-commerce e, consequentemente, setores adjacentes, como o de logística e distribuição, foram impulsionados e testados em um novo patamar de entregas e relacionamento com o cliente. 

Prazos cada vez menores para que o produto chegue ao consumidor e exigências cada vez maiores de quem compra também marcam um momento que destaca a importância da cultura digital nos negócios. Para se ter uma ideia, pesquisas mostram que a digitalização impulsionou novas preferências e exigências do consumidor, que está mais informado do que nunca. 

Segundo pesquisa da Forbes, 82% dos consumidores brasileiros, com acesso à Internet, já compraram produtos ou serviços via web. Soma-se a isso um fator fundamental da área de marketing e vendas, que diz que custa sete vezes mais conquistar um novo consumidor do que manter aquele que já compra com a empresa, e percebe-se que agilidade e bom atendimento não são diferenciais, mas entregas básicas para uma boa experiência de compra. Para a empresa, a cultura digital precisa promover a integração de dados e de serviços, garantindo negócios alinhados com as novas exigências do mercado, mantendo a lucratividade.

Afinal, mais do que reduzir trabalho operacional, digitalizar processos de negócios significa controlar melhor a jornada de compra e garantir boas práticas de ponta a ponta: da realização de um pedido até a finalização da entrega. Neste cenário, quem não investe em cultura digital tende a não acompanhar o ritmo de retomada da economia.

Basta olharmos as pesquisas para entender que cultura digital e resultado operacional são fatores correlatos. Um estudo da consultoria global ThoughtWorks mostrou, por exemplo, que quatro em cada cinco organizações que se descrevem como proficientes em tecnologia projetam crescimento em 2021.

Já uma pesquisa da Analytics & Digital Quotient destacou que empresas com presença digital crescem até cinco vezes mais do que aquelas que seguem com práticas analógicas.

Uma cultura digital não é marcada apenas pelos bons números de vendas e de crescimento de receita, mas por práticas aliadas à transparência da gestão e ao compliance. A integração de processos através de soluções de gestão, por exemplo, facilita o controle operacional, mas também reduz o volume de trabalho da equipe, que pode focar em iniciativas mais estratégicas para as companhias.

Mais do que isso: ter uma cultura digital é engajar as pessoas através de uma comunicação transparente, independentemente do modelo de trabalho, seja ele presencial, híbrido ou remoto. É criar uma rotina de troca e crescimento, com o uso de automação, redes sociais, soluções de integração e, principalmente, facilidade e segurança de acesso aos dados fundamentais para o bom andamento do trabalho.

Boas práticas que estabelecem uma cultura digital madura resultam em melhores resultados nas vendas e em maior retenção de talentos. Mas, acima de tudo, empresas que investem em novas tecnologias e em processos bem definidos adaptam-se com maior facilidade a cenários de risco, porque possuem organização estabelecida em todas as frentes do negócio. 

As boas práticas não ficam apenas no imaginário dos colaboradores, mas são estabelecidas através de ferramentas de automação que consolidam em ambientes seguros aquilo que os profissionais constroem no dia a dia.

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