Por Roberto Vilela, consultor empresarial e mentor de negócios.
A inovação está presente na humanidade muito antes do termo passar a ser associado a soluções tecnológicas. Foi assim com o surgimento do fogo, da roda, da eletricidade e assim por diante. Ao analisar as transformações dentro da última década, podemos perceber como essas mudanças vêm acontecendo em um ritmo frenético, mais ainda durante a pandemia.
A pandemia foi um catalisador de ressignificações em todos os setores econômicos e também pessoais. A urgência de adaptação trouxe mudanças mais profundas dos que já vinham ocorrendo e muito disso se deu pela potencialização da era digital. Foi por meio da evolução da tecnologia que mantivemos vivas relações interpessoais e, principalmente, as mercadológicas.
Neste percurso, a transição de muitos negócios para o meio virtual aconteceu de maneira inesperada, dificultando o planejamento e a elaboração de estratégias coesas com os empreendimentos. Porém, é importante ter em mente que estas respostas ágeis à crise, agora fazem parte da realidade dos empreendedores e consumidores, não havendo mais a possibilidade de retornarmos ao que era antes.
Junto das implicações trazidas pelas transformações, há um universo de oportunidades para os empreendedores. Dados da Neotrust demonstram como o varejo on-line se tornou parte do cotidiano brasileiro, apresentando durante o primeiro trimestre de 2021 uma alta de 57,4% em comparação ao mesmo período no ano anterior.
As palavras norteadoras dos gestores frente às novas necessidades mercadológicas devem ser a adaptabilidade, a conexão e a comunicação. Somente com processos claros, planejamentos estratégicos e reposicionamentos congruentes aos propósitos da empresa, que as instituições poderão suprir as demandas dos novos consumidores, mais focados na geração de valores, impactos positivos e também participativos nas estratégias da marca.
Segundo a Kantar IBOPE, empresa especializada em pesquisas de mercado, as redes sociais tiveram 40% de crescimento em seu uso no Brasil. Enquanto a pesquisa Social Commerce, realizada pela All iN/Social Miner aponta que, destes, 74% utilizam suas mídias sociais para a realização de compras. Além disso, cotidianamente o cenário digital apresenta novas possibilidades, sejam novas formas de fazer pagamentos, como é o caso do WhatsApp que iniciou transações dentro do próprio aplicativo, ou de realizar compras, nos diversos marketplaces e e-commerces criados dentro e fora das redes sociais.
O processo de aceleração pelo qual passamos pode até ser assustador, porém é indispensável que as lideranças promovam a reflexão do papel das empresas neste cenário. Para conseguir aumentar a receita, ou até criar novas formas de lucratividade, o empreendedor depende de soluções e ferramentas tecnológicas, afinal, na era digital, tudo é estratégia. Somente as empresas com habilidade de se reformular nesse novo universo ganharão destaque no mercado, caso contrário, cairão no esquecimento.