Search

PIX ganha mercado e fica na mira de golpistas: saiba como se proteger

Foto: SOPAImages/GettyImage

Desde o fim do ano passado, quando foi implementado no Brasil, o sistema de pagamentos instantâneos do Banco Central, o PIX, já foi responsável pela transferência de mais de R$ 500 bilhões, e o número de operações passa de 650 milhões.

Disponível 24 horas por dia com custo zero para os consumidores, virou um sucesso imediato, e passou a ser alvo de pessoas mal intencionadas, que se aproveitam da pouca experiência dos usuários para aplicar golpes. 

“Embora a tecnologia seja segura, os golpes envolvendo engenharia social estão cada vez mais complexos, páginas falsas e clonagem de aplicativos de mensagem como o whatsapp para enviar mensagens se passando pelos contatos solicitando PIX por QR Code ou chaves aleatórias tem se tornado muito comum”, comenta Rafael Aceno, especialista em segurança digital e DevSevOps na Transfeera, fintech open banking.

O especialista lembra que é indispensável estar atento à segurança em todas as transações financeiras e validar sempre todos os dados de pagamento antes de realizar a transferência, até porque, com a pandemia, os níveis de fraudes e ataques cibernéticos aumentaram drasticamente.

Caso você seja vítima de golpe, a primeira sugestão é acionar a polícia. Para além, é possível entrar em contato com a instituição financeira que intermediou o seu PIX para buscar esclarecimentos, seja no Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC) ou na ouvidoria da instituição.

Também é possível solicitar atendimento nos órgãos de defesa do consumidor ou ao Poder Judiciário para buscar reparação do dano.

Além disso, ainda é possível registrar reclamação junto ao Banco Central contra a instituição recebedora dos valores indevidos, ou seja, ao banco onde o golpista possui conta.

Confira os principais golpes envolvendo o PIX e medidas de segurança recomendadas pelo Banco Central:

  • Invasão de conta: nesse tipo de golpe, a pessoa fragiliza o acesso do seu próprio PIX ou outros dados financeiros, sem intenção, ao responder mensagens suspeitas recebidas por SMS ou WhatsApp, ou acessando uma página falsa de banco na internet. A recomendação é não clicar em links suspeitos recebidos por qualquer meio, solicitar atendimento por canais oficiais, verificar a autenticidade dos sites acessados, criar senhas complexas e não anotá-las em papéis ou dispositivos eletrônicos, realizar PIX por meio de aplicativo oficial ou internet banking. 
  • Central de atendimento falsa: nesse caso, a pessoa interage com uma central de atendimento falsa e acaba permitindo o acesso a suas credenciais. Para se proteger, é necessário sempre desconfiar de tentativas de contato suspeitas, como telefonemas ou mensagens de texto com números de telefone desconhecidos, nunca passar informações pessoais, principalmente credenciais de acesso e senhas, para terceiros, por telefone ou outro canal, nunca permitir acesso remoto ao seu computador ou celular nem aceitar fazer procedimento de segurança durante o contato; e nunca enviar print ou vídeos nem mostrar por videochamada QR Code associado à sua conta ou a tela do computador, celular ou do caixa eletrônico.
  • Clonagem de WhatsApp: o golpista acessa o WhatsApp da vítima e solicita transferências de dinheiro por meio do PIX para os contatos. Nesse caso, é recomendado confirmar se a pessoa realmente pediu a transferência, conferir dados de destinatário antes da transação; solicitar bloqueio de acesso ao aplicativo do banco em caso de roubo de celular; configurar confirmação de acesso em duas etapas. 
  • Venda falsa: o golpista anuncia um produto, em site ou rede social, a vítima faz o pagamento via PIX, mas não recebe o produto. Aqui é importante verificar a procedência das ofertas e pesquisar a reputação de quem está oferecendo produtos por meio de sites especializados; além de sempre conferir os dados do destinatário antes de confirmar a transferência. 
  • Comprovante falso: esse golpe acontece quando alguém precisa receber dinheiro de um desconhecido pelo PIX, o criminoso pode forjar comprovante de operação da transação e simular o envio do dinheiro para a conta da vítima, finge o pagamento e leva o produto “comprado”. Para se proteger, tenha em mente que a transferência do Pix é instantânea, então se você recebeu o comprovante, mas o dinheiro não caiu na conta, desconfie.  

Compartilhe

Tudo sobre economia, negócios, inovação, carreiras e ESG em Santa Catarina.

Leia também