A aceleração digital imposta pela pandemia tem sobrecarregado de demandas os departamentos de tecnologia das empresas.
Nessa esteira, cresce o interesse das organizações por ferramentas low-code, que permitem que pessoas sem conhecimento em codificação desenvolvam softwares e aplicativos em relativamente pouco tempo.
Um levantamento recente da empresa americana Salesforce identificou que 83% dos líderes da área já apostam em plataformas de pouco código.
Até 2024, segundo a consultoria global Gartner, 80% dos produtos da tecnologia serão feitos por profissionais que não são totalmente técnicos e 65% deles em plataformas low-code.
Com essas ferramentas, as empresas têm o poder de alavancar o desenvolvimento de aplicativos, acelerando o tempo de entrada no mercado e expandindo os recursos de engenharia além da tecnologia.
Entre as vantagens mais valorizadas por CIOs estão a velocidade, o tempo de loop de clique, compilação e teste permite que usuários ágeis desenvolvam aplicativos em questão de minutos, e a estabilidade, ferramentas de baixo código amortizam os custos de suporte em todas as instalações.
“No entanto, os CIOs precisam estar preparados para abrir mão do controle e adotar uma mentalidade mais aberta em relação ao desenvolvimento de softwares, pois enfrentarão obstáculos como falta de experiência em código baixo e a ausência de políticas de governança e segurança”, explica o Tiago Bilk, coordenador de soluções da Supero Tecnologia.
Para lidar com tais desafios, o low-code precisa encontrar a tecnologia. Isso significa que a área vai treinar os desenvolvedores das áreas de negócio? Não. É fato que a maioria das empresas não tem um manual para capacitar desenvolvedores. Esse trabalho fica com as próprias plataformas low-code, que disponibilizam treinamentos.
“À TI cabe atuar na segurança, governança e consistência do que for feito em low-code e do que não for, assim como auxiliar esses desenvolvedores, seja em termos do que pode ser feito dentro das áreas de negócio, seja em termos de boas práticas de desenvolvimento”, ressalta o coordenador.
A seguir, confira oito recomendações para a TI impulsionar a adesão ao low-code sem comprometer a qualidade do parque tecnológico da organização:
- Identifique potenciais citizen developers e empodere-os.
- Realize treinamentos e frameworks de desenvolvimento.
- Determine quais projetos serão desenvolvidos pela TI e quais serão low-code.
- Configure os protocolos padrão de desenvolvimento low-code.
- Crie políticas de governança e de segurança.
- Garanta a manutenção da consistência e o alinhamento da TI na organização, com a necessidade de integrações entre as áreas envolvidas.
- Ofereça as ferramentas adequadas para o trabalho, como a plataforma a adotar.
- Dê suporte em TI às equipes de citizen developer.