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Dos desafios à adequação: como a experiência do home office é avaliada

Foto: divulgação

Enquanto especialistas da área de gestão de pessoas discutem os impactos e benefícios do home office durante e no pós-pandemia, muitas empresas brasileiras sentiram na pele como foi este processo de adequação.

A Lincros, empresa de tecnologia que desenvolve soluções para gestão logística, foi uma delas. Se antes trabalhar em casa era algo esporádico, desde então passou a ser uma necessidade, visto que era preciso preservar a saúde dos colaboradores. Mas, afinal, quais os aprendizados que a adequação ao home office trouxe? Na prática, o que mudou para profissionais e gestores?

Giciane Delabeneta, coordenadora da área de People da empresa, diz que o maior desafio não foi a adaptação estrutural para o trabalho remoto, mas a cultural:

“Era preciso manter a sinergia, o engajamento e a energia dos times, pois, no trabalho presencial o contato com o colega, reuniões e comemorações, o clima e a integração do time, era muito mais evidentes. A comunicação e a colaboração, no começo, também foram fatores bem desafiadores. No processo de adequação, os colaboradores sentiram muita falta de estar juntos, dificuldade em se conectar com outros times, onde presencialmente, os retornos eram mais rápidos”.

Para superar esses desafios, a empresa investiu na adaptação de reuniões e rotina de gestão, para que as pessoas se sentissem confortáveis para manter a comunicação com gestores e colegas.

“Sempre que organizamos qualquer evento, passamos a pensar na estrutura de forma que quem trabalha remotamente seja impactado também. Assim, construímos ao longo do ano um processo de adequação que impulsionou a estruturação do modelo híbrido de trabalho”, avalia.

Anywhere: o segundo momento do trabalho remoto mescla casa e escritório

Para o time da Lincros, um dos grandes ganhos deste processo foi o fato de que hoje existe a possibilidade de se contratar profissionais de qualquer lugar do país.

Tendo colaboradores atuando no Rio Grande do Sul, no Paraná, em São Paulo, no Ceará, na Paraíba e até mesmo no interior de Santa Catarina.

“Nossa sede fica em Blumenau, região que sofre com a falta de mão de obra qualificada em tecnologia. O home office ampliou geograficamente a possibilidade de contratação, com a chance de as pessoas trabalharem de onde estiverem. O escritório pode ser, atualmente, em qualquer lugar, se o colaborador estiver confortável e conseguir manter uma comunicação transparente”, avalia o CEO da empresa, Gilson Chequeto.

Mas o home office é obrigatório? Na Lincros não. A empresa entende que nem todo profissional se sente confortável em trabalhar de casa e, por isso, quem atua próximo à sede pode escolher entre cumprir o expediente remotamente ou na empresa.

O retorno ao escritório, inclusive, aconteceu de forma natural e gradativa por iniciativa dos próprios colaboradores, que sentiram falta do ambiente de estímulo e troca proporcionado pela empresa.

O papel do gestor: fator fundamental para o sucesso do modelo híbrido

Giciane destaca que um dos principais cuidados que a empresa teve ao longo do processo de adequação ao modelo híbrido foi o engajamento das lideranças:

“O gestor tem um papel fundamental em viabilizar as tecnologias em conjunto com a empresa para tornar o home office uma experiência gerenciável. Aprender e adquirir habilidades de ouvir mais e ser mais curioso a respeito do dia a dia dos seus liderados, a fim de criar um ciclo de confiança, feedback e relacionamento com a equipe também foi importante”.

Os gestores da Lincros vêm trabalhando alguns pontos principais para conseguir atingir os objetivos da área com todos engajados:

  • Rituais de comunicação semanal (weekly de uma hora, com informações gerais da empresa e debates sobre produtividade, processos e fatos relevantes da semana)
  • Rituais diários: dailys com todo o time para debater sobre as demandas e impeditivos do dia.
  • Bate papo sobre carreira: envolver todos da equipe, inclusive os remotos na construção do modelo de PDI e também feedback, para implementar na área a cada três meses.
  • Utilização da  ferramenta OKR (Objective and Key Results), onde são definidos os objetivos do ano e a partir daí, criadas as metas baseadas em um objetivo macro.
  • Realização de encontros mensais com todos os colaboradores para celebrar conquistas, apresentar e debater resultados e estratégias.

Profissionais que buscam oportunidades em empresas com esse modelo de atuação podem se candidatar às vagas disponibilizadas pela empresa.

Atualmente são 11 oportunidades: analista desenvolvedor sênior, analista de qualidade pleno, analista DevOps, executivo de contas, executivo de vendas, Sales Enablement, e gerente de projetos. 

Para se inscrever basta acessar o link clicando aqui.

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