O impacto da pandemia sobre a iniciativa privada desafiou diferentes empresas a desenvolverem ações eficazes para se manterem relevantes em seus respectivos mercados.
No ano, um dos destaques em resiliência é o segmento de softwares, que mobiliza a criação de tecnologias, a oferta de serviços digitais e a origem de soluções inovadoras, na maioria das vezes, aceleradas pela conexão entre grandes companhias e startups.
Essa convergência com novos negócios tem como uma das atuais referências a Softplan, empresa que há 30 anos é uma das maiores desenvolvedoras de softwares do Brasil.
Pela segunda vez consecutiva a companhia de Florianópolis é uma das líderes em inovação aberta do país, no Top 5 Software do Ranking 100 Open Startups 2021, que contou com participação de mais de 3,3 mil empresas e 2,3 mil startups nacionais.
Guilherme Tossulino, diretor de M&A da empresa, credita a presença no ranking como resultado do planejamento e dos recentes esforços da companhia:
“O que nos tornamos nos últimos anos é um reflexo evidente das decisões estratégicas adotadas no ciclo de planejamento estratégico 2016-2020. Decidimos entre tantas coisas, nos tornar uma empresa que transpira inovação e que colabora com os ecossistemas que estamos inseridos. A partir disso, estruturamos projetos de base para alavancar e desenvolver competências, preparar as lideranças para encarar novos desafios e abordar os problemas por um outro ângulo. Nos abrimos e passamos a participar ativamente dos movimentos de inovação, empreendedorismo locais e nacionais. Tornarmos a Softplan uma empresa que conversa e transita nos principais cenários de startups e scale ups do Brasil”, explica.
INVESTIMENTO EM M&A E PROSPECÇÃO DE NOVOS NEGÓCIOS
O crescente processo de inovação da Softplan contou com estudos, benchmarkings, aplicação de novas metodologias e uma mudança na estrutura do negócio desde 2016, mobilizando esforços em três pilares: intraempreendedorismo, open innovation e venture builders.
A estratégia evoluiu e teve como importante marco, no início deste ano, a criação de uma nova área de M&A com perspectiva de investir R$ 200 milhões em três anos, para gerir fusões e aquisições.
Desde então, duas novas empresas foram incorporadas ao grupo: Checklist Fácil e Construtor de Vendas. Entre as empresas adquiridas e investidas nos últimos anos também estão a Wegov, 1Doc e Refera.
O executivo acredita que o amadurecimento da empresa na geração de negócios com o ecossistema de startups foi crucial para fortalecer a presença da companhia entre os líderes em inovação aberta:
“Cada nova aquisição nos ensina um pouco. Historicamente o processo de integração pós-aquisição é complexo e exige dos dois lados resiliência e persistência. Aprendemos que há inúmeras maneiras de resolver um problema conhecido e nos abrimos verdadeiramente a isso. No campo das interações com o ecossistema passamos a ouvir mais, mesmo quando a empresa ou o negócio não parece ter conexão conosco no primeiro momento. Entendemos que as empresas conduzidas por bons empreendedores encontram um caminho para o sucesso, seja se adaptando aos aprendizados, seja criando e educando um novo mercado. Certamente ter contratos de aquisição e investimento é um dos fatores que o ranking considera e a execução da nossa estratégia de crescimento inorgânico por meio de fusões e aquisições foi um fator relevante”.
Para a empresa, as recentes aquisições indicam que o caminho de aproximar sua plataforma de negócios com as de outras empresas SaaS com alto potencial de escala e crescimento é um ativo que provou o seu valor.
Dentre os indicativos estão as taxas de crescimento, acima de 60% ao ano no caso da 1Doc e Construtor de Vendas, e o alto índice de vendas desses produtos na base da companhia.
“Quando olhamos para o futuro podemos afirmar que nos vemos realizando sistematicamente aquisições que complementam nosso portfólio ou que trazem novos mercados. Estamos cada vez mais convictos e entusiasmados com os movimentos que estamos realizando e com as conversas que estamos tendo com diferentes empresas. Estamos prospectando negócios SaaS com altas taxas de crescimento e potencial de retorno, com receita predominantemente oriunda de negócios B2B. Não há um tamanho específico para as empresas, mas hoje temos no pipeline negócios que variam de R$ 5 milhões a R$ 50 milhões de faturamento por ano”, complementa.