Conectividade e mais produtividade: o lado B da pandemia em negócios que conseguiram se adaptar

Mais de um ano após a pandemia se tornar mundial, seus efeitos colaterais ainda repercutem no cenário econômico.

Neste quadro de incertezas, a Fundação Dom Cabral desenvolveu uma pesquisa que aponta que 53% das instituições entrevistadas não sofreram os efeitos da crise ou foram impactadas positivamente. 

Para Roberto Vilela, consultor empresarial e mentor de negócios, estes dados denotam a capacidade de adaptação que muitas empresas e gestores tiveram durante os últimos meses:

“Ainda que a economia global tenha sido afetada negativamente, o momento foi crucial para podermos entender o potencial do empreendedorismo brasileiro. A conclusão que podemos chegar é que boa parte dos gestores usaram seu tino às oportunidades que o mercado apresentou”.

O estudo ainda aponta que 63% das empresas consideram que passaram pela pandemia melhor que os concorrentes, sendo a aceleração na transformação e a agilidade na tomada de decisões como motivos para este crescimento.

A produtividade também apresentou melhoria: empresas de médio e pequeno porte tiveram crescimento de 29% e 27% nestes índices, respectivamente. 

O consultor ressalta ainda que as mudanças no mercado já vinham acontecendo no decorrer dos anos e que foram potencializadas pela pandemia, o que trará ao mercado muito mais competitividade:

“Se pensarmos que a Internet chegou há pouco mais de 25 anos podemos perceber quão rápido as mudanças vinham acontecendo. As transformações digitais se tornaram instrumentos primordiais na resolução dos desafios empresariais e a adaptabilidade foi a palavra chave do momento. As empresas precisaram desenvolver um mix de estratégias em prol da reestruturação dos negócios, o que nos mostra a resiliência de quem as gere. Esse movimento sinaliza um mercado mais conectado e que promete uma competição maior dentro dos segmentos”.

No varejo, adequação foi necessária e impulsionou novas oportunidades

Dados do Mastercard SpendingPulse, indicador que mede os gastos de consumidores, mostram que no ano passado, o e-commerce brasileiro teve crescimento de 75%.

O mentor de negócios explica que, a exploração dos novos recursos não foi somente uma via para a manutenção dos serviços, mas também o início de uma nova maneira de consumo que permeará após o cenário epidêmico. 

“O período de isolamento influenciou nas formas de consumo dos indivíduos, tornando-os mais atentos ao que consomem e exigindo uma experiência personalizada durante o ato de compra. O ‘novo normal’ ao qual nos adaptamos é o futuro do mercado, que não retornará ao que era, mas que seguirá evoluindo e ecoando durante os próximos anos o que vivemos neste momento”, conclui.


Leia artigos do Roberto Vilela clicando aqui.

você pode gostar também
Comentários
Carregando...

Este site utiliza cookies para melhorar sua experiência, mas você pode optar por não permitir, se desejar. Entendi Saiba mais