Depois de um ano difícil e inconstante, a indústria de moda dá os primeiros sinais de recuperação econômica no Brasil.
Segundo levantamento da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), o setor cresceu 36,3% no primeiro semestre, na comparação com o mesmo período do ano passado.
E um dos fatores que marca este novo cenário é o investimento em automação, cada vez mais presente nas indústrias que visam ampliar a competitividade de mercado.
Ainda de acordo com o radar da Abit, as empresas brasileiras já investiram 315,6 milhões de dólares em equipamentos neste ano.
Para o diretor da Delta Máquinas Têxteis, Fábio Kreutzfeld, essa movimentação reflete uma consciência cada vez maior do executivo do setor têxtil em relação à importância da indústria. 4.0:
“Há algum tempo o mercado brasileiro vem se reinventando, no intuito de galgar boas posições internacionais no segmento de moda e para isso tecnologias em maquinários para processos que vão desde a abertura de tecido e testes de amostras até a finalização das peças ganham cada vez mais espaço. Sentimos essa preocupação também em nossa rotina, com uma procura cada vez maior pelas nossas soluções em diversas regiões do país”.
A Delta, que vende também para outros países da América Latina, é uma das marcas brasileiras que apoia a impulsão de um setor cada vez mais automatizado.
São mais de 60 soluções desenvolvidas pela empresa, além de projetos customizados, que proporcionam assertividade, maior qualidade às peças e redução de desperdícios em toda a cadeia de produção.
“Estes são fatores que marcarão o novo posicionamento das empresas e as tornarão mais competitivas na retomada econômica. Temos, por exemplo, máquinas que reduzem em mais de 80% o tempo de processo. O que faz toda a diferença para tornar investimentos e receita mais estratégicos”, complementa o empresário.
Automação anda lado a lado com o desempenho
O cenário têxtil brasileiro atual reflete o que pesquisas internacionais já apontavam quando o assunto é automação.
Recentemente um levantamento da McKinsey com mais de 500 executivos mostrou que empresas que investem em soluções para este fim não só melhoram o desempenho, mas têm mais chance de chegar à liderança de seus segmentos.
“Temos muito a evoluir, mas acredito que os dados deste primeiro semestre deixam claro o quão disposto o mercado brasileiro está em se reinventar e reassumir uma posição global de liderança. Temos potencial e muitas inovações nacionais que podem nos apoiar neste processo”, conclui.