Siga nas redes sociais

Foto: divulgação

Propriedade intelectual é estratégia, não burocracia

Redação Economia SC

Redação Economia SC

Tudo sobre economia, negócios, inovação, carreiras e sustentabilidade em Santa Catarina.

Por Ana Bilbao, sócia da Cerumar Propriedade Intelectual e mestre pelo INPI/RJ.

No primeiro semestre houve um aumento de 51,6% nas solicitações de registro de marcas e de 8,1% nos pedidos de registro de desenho industrial, de acordo com o Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI).

Estes dados vão muito além de bons indicadores para o setor. Eles apontam que estamos caminhando em direção a uma mudança de paradigma sobre o que é a propriedade intelectual e qual a sua função para o crescimento dos negócios. 

Repetimos, quase como um mantra, que propriedade intelectual é estratégia, não burocracia. É uma das ferramentas acessíveis a todos os negócios para transformar inovação em dinheiro. 

Ao proteger seus ativos intangíveis, a empresa se torna protagonista do seu futuro: cabe a ela direcionar esforços, selecionar mercados e decidir como, quando e por quanto compartilhar o que sabe ou desenvolveu.

Os ativos intangíveis, como costumo explicar, são todas as coisas impossíveis de pegar, mas que valem dinheiro. Cabe aí a marca, uma descoberta de solução em produto ou tecnologia, a criação ou adaptação de um equipamento que transformou a realidade de uma fábrica, o desenho de um produto que traz benefícios ao consumidor e caracteriza aquele item. Tudo isso é conhecimento. Tudo isso é propriedade intelectual. 

Tenho dois exemplos simples na nossa carteira de clientes sobre como a inovação, quando tangibilizada e devidamente registrada, gera resultado na prática.

O primeiro é uma fábrica que tem o desenho industrial dos seus produtos registrados. Tendo em vista o diferencial que o mix de produtos apresenta por meio do design, apoiamos no processo de internacionalização indicando em quais países seria possível manter a mesma proteção vigente no Brasil.

Em conjunto com o setor de mercado, a estratégia foi definida e houve um incremento mais seguro do faturamento com a exportação. 

Outro exemplo é a proteção de marcas por associações que querem resguardar a nomenclatura de seus locais como forma de fomentar o turismo, utilizando da marca como diferencial competitivo. Um dos mais conhecidos do mundo é o da região de Champagne, na França. 

Um mercado com um crescente apreço pela inovação, precisa prezar com igual esforço para a propriedade intelectual. A consonância entre estas duas áreas é o que vai distinguir os negócios que valoram o seu conhecimento e faturam com ele, daqueles que não conseguem financiar novos desenvolvimentos e ficarão parados no tempo. A escolha deve ser feita agora.

Compartilhe o conteúdo

Leia também

Unifique sela acordo com empresa para entrada em serviços financeiros

Oktoberfest Blumenau terá robô que serve cerveja

Fruki Bebidas anuncia novo CD em SC

Receba notícias no seu e-mail