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Indústria 4.0: por que construir uma empresa orientada à inovação?

Por Cleber Muramoto, head de Pesquisa e Desenvolvimento na Nextcode.

Nos últimos anos, tem sido possível observar a entrada de uma grande quantidade de empresas à era digital. Não por acaso, afinal as contribuições ligadas à automatização de processos são numerosas e justificam um investimento conciso na inovação.  O próprio conceito de Indústria 4.0, em que tendências tecnológicas acabam convertidas em práticas modernizadas no ambiente de trabalho, vai de encontro ao prestígio do assunto atualmente.

Porém, é importante nos atentarmos que uma parcela considerável de organizações brasileiras ainda caminha a passos vagarosos para a automatização, por diversos motivos. O primeiro passo para reverter esse cenário é abordar o tema, com clareza e objetividade. Sem dúvidas, o avanço tecnológico é um movimento inevitável, capaz de impactar setores variados dentro de uma empresa. Portanto, o gestor deve compreender as razões e os meios de se transformar a realidade operacional por meio da Inteligência Artificial (IA) e suas vertentes.

O que significa se enquadrar à Quarta Revolução Industrial?

Em resumo, participar do fenômeno 4.0 é reunir práticas avançadas de conectividade e digitalização em prol de resultados melhores, sob espectros variados, a exemplo de modelos produtivos, de gestão e prestação de serviços. Geralmente, para organizações com pouca expertise no tema, é natural que se identifique dificuldades para abraçar novos sistemas digitais. Isso não deve ser encarado como um empecilho irreversível, afinal, existem empresas no mercado que atuam diretamente na implementação de ferramentas inovadoras, orientadas ao suporte de especialistas e uma estrutura de TI consolidada.

Mais do que um investimento secundário, contar com a participação da tecnologia no dia a dia das operações é um diferencial competitivo que não deve ser descartado. Ganhos de cibersegurança, eficiência e agilidade são alguns exemplos do quão relevante a automação de processos pode se mostrar a companhias de tamanhos e segmentos diversificados.

Dessa forma, enquadrar as atividades internas dentro do que entendemos por Indústria 4.0 vai além de uma tendência passageira ou até mesmo opcional, trata-se de uma medida praticamente obrigatória para os que buscam alavancar seus níveis competitivos, ante um mercado dinâmico e exigente quanto à maturidade digital das organizações.

Presença tecnológica beneficia governança como um todo

Com a automatização de etapas operacionais repetitivas e padronizadas, o gestor poderá redirecionar seus profissionais para finalidades mais estratégicas, que os desafiem e estimulem o engajamento de todos. Isso posto, será possível construir um plano de fundo seguro e ágil para que as pessoas, maiores protagonistas do meio empresarial, priorizem suas principais capacitações, deixando tarefas exaustivas a cargo da máquina.

Outra influência extremamente positiva recai sobre o uso e armazenamento dos dados. Além de garantir que esses materiais estarão depositados em um ambiente funcional e com um alto nível de segurança digital, os insights extraídos com base nas informações coletadas poderão servir de parâmetro para melhores decisões, reduzindo a ocorrência de iniciativas equivocadas. Não seria nenhum exagero afirmar que esse poder analítico, se empregado após um diagnóstico preciso sobre as demandas mais urgentes da empresa, terá todas as condições de indicar os métodos de trabalho mais promissores, bem como as metodologias mais adequadas para se construir vínculos com os clientes.

Para concluir, complementando a resposta à pergunta que intitula o artigo, entendo que a Indústria 4.0 nunca esteve tão presente em nossa sociedade e, especialmente, no âmbito corporativo. Apesar da complexidade do assunto, a missão de reformular processos e atingir uma nova perspectiva estratégica está ao alcance de líderes e gestores brasileiros, que poderão colocar seus respectivos negócios em um patamar bem-vindo de aprimoramento contínuo.

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