Por André Jativa, diretor executivo da Diklatex
O mercado consumidor e a cadeia têxtil perceberam a importância de fortalecer o “feito no Brasil”. Esse movimento ganhou força no último ano e trouxe o vigor tão necessário para as empresas nacionais, que com seu alto nível de produção e competitividade aquecem a economia no país.
Aqui na Diklatex recebemos essa tendência como uma carga de motivação para continuarmos crescendo e realizando parcerias para impulsionar ainda mais a cadeia produtiva brasileira por meio de um portfólio de produtos e tecnologias de ponta em nível internacional.
Ao mesmo tempo em que vislumbramos essas oportunidades, precisamos estar atentos aos desafios conjunturais. Na esteira da crise sanitária provocada pela pandemia, os impactos significativos ainda vêm sendo absorvidos pela cadeia têxtil nacional, quinta maior do mundo, principalmente no que tange ao abastecimento e nos preços de insumos no setor.
Um dos principais gargalos é a dependência do mercado internacional. Os fios de poliéster e de poliamida são negociados com fornecedores internacionais, majoritariamente asiáticos. Até os insumos nacionais são influenciados pela instabilidade na taxa de câmbio. Por isso, a indústria têxtil vem absorvendo a alta dos preços, em função da variação cambial e da redução de abastecimento/oferta.
Em uma rotina de incertezas, nossa indústria lida com uma variação de preços de até 100%, em reais, desde o início da pandemia, das principais matérias-primas como fios e químicos, até a falta de insumos considerados secundários na produção, como etiquetas e plástico.
Diante de uma conjuntura inédita de uma crise global, fomos levados a pensar fora da caixa, buscar novas formas de manter o negócio funcionando e de maneira sustentável. Para amenizar o impacto desses entraves na produção, no último ano, aceleramos os processos em andamento antes da pandemia, como lançamentos de produtos e tecnologias para o mercado têxtil e focamos em ações para a manutenção dos estoques reguladores, viabilizando o atendimentos dos clientes com menor impacto negativo possível.
A perspectiva ainda é de oscilações no abastecimento da cadeia e dos preços, muito em função do desequilíbrio dos mercados globais. Enquanto outros países, principalmente as potências consumidoras como a China, Estados Unidos e alguns mercados europeus investirem em pacotes de auxílio econômico acelerado, a oscilação de preços e no abastecimento da cadeia deve permanecer alta.
Aqui no Brasil seguimos acreditando em nossa capacidade de empreender, trabalhar e inovar. O trabalho está sendo feito e sonhamos em fazer parte desse movimento que colocará nossa nação, nossas pessoas e nossos negócios, nos patamares que o Brasil e o brasileiro merecem!
Que o “feito no Brasil” ganhe ainda mais força em um ambiente de negócios desburocratizado e promissor para o crescimento e inovação.