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Especialistas falam sobre riscos da dependência de mídias sociais para os negócios

Foto: AzamKamolov/Pixabay

De acordo com dados do relatório produzido em parceria por We Are Social e Hootsuite, os brasileiros passam cerca de 3 horas e 42 minutos por dia conectados às redes sociais.

As mais usadas são Facebook (130 milhões de usuários), YouTube (127 mi), WhatsApp (120 mi)  e Instagram (110 mi).

Conforme o próprio Facebook, em relatório de julho deste ano, mais de 2,7 bilhões de pessoas usam alguma das redes sociais da empresa diariamente, em todo o mundo.

Na tarde desta segunda-feira, dia 4, três dessas redes ficaram fora do ar por aproximadamente 7 horas.

Para muitos negócios, o apagão do WhatsApp, Instagram e Facebook, trouxe prejuízos, conforme comenta Irene Silva, CEO da Ellevo.

“Quem usa as redes sociais como principal forma de vendas, atendimento e contato com os clientes, ficou praticamente sem faturar ontem”.

Um dos grandes desafios da empresa ao começar o trabalho em um novo cliente é justamente conscientizar sobre os problemas que a dependência das redes sociais trazem para a gestão dos negócios. 

“Sempre alertamos nossos clientes e todos aqueles que querem fazer uso de ferramentas  de mídia social em seus negócios, dos riscos inerentes a essa dependência. Infelizmente,  ontem o problema foi exposto em larga escala mundial”, destaca a empresária.

Ela ainda orienta que as redes sociais sejam apenas um ponto de contato das marcas com os seus públicos, uma vitrine, e que a gestão dos contatos gerados ali seja direcionada sempre para uma solução mais robusta e confiável:

“É importante ter uma solução que concentre todos os canais de entrada do cliente, permitindo à sua empresa ter diversos canais de comunicação, além do registro do histórico com os clientes”.

A jornalista, especialista em comunicação empresarial e marketing digital, sócia da Presse, Fernanda Momm, também comenta sobre os riscos da dependência quase exclusiva dessas ferramentas de terceiros para os negócios:

“As redes sociais sem dúvida alguma trazem resultados positivos muito expressivos para quem as usa de forma estratégica, mas elas não deveriam ser a única forma de comunicação das marcas. Elas devem servir para ajudar a atrair interessados pelos seus produtos e serviços, mas é preciso também diversificar e ter ferramentas onde você tenha mais controle, como um bom site e uma lista de e-mails dos clientes sempre atualizada”.

Para ela, o que aconteceu ontem é um importante aprendizado:

“A comunicação não deve ficar centrada em ferramentas de terceiros, especialmente se as que você mais utiliza são do mesmo grupo”.

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