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Empreendedorismo feminino: a importância de equilibrar trabalho e família para uma carreira de sucesso

Foto: divulgação

O mês de novembro traz um tema que proporciona diversas discussões. Mulheres cada vez mais têm conquistado sua voz e seu espaço na sociedade, principalmente no empreendedorismo. Especificamente no dia 19 deste mês é comemorado o Dia Internacional do Empreendedorismo Feminino e, como um único dia não seria suficiente, produzimos uma série com 30 entrevistas de mulheres fantásticas para falar sobre o tema. 

A convidada de hoje é Mariana Corrêa, co-fundadora e diretora de relacionamento da Winker. Formada em Administração e especialista em educação corporativa e gestão de projetos,  acumula mais de 14 anos em gestão de projetos de alta complexidade e no atendimento de grandes contas. Confira abaixo:

Qual foi o start do negócio?

Como esposa do fundador, inicialmente a ideia era eu não atuar diretamente no negócio (era gerente de projetos em outra empresa). Devido a dificuldade de encontrar alguém com perfil de relacionamento com o mercado, acabei sendo envolvida e depois disso não sai mais. Nesses 8 anos criei e desenvolvi a área de atendimento e de implantação (CS), atuei na construção de parcerias estratégicas, abrindo o mercado de São Paulo e apoiei o desenvolvimento de novos produtos fazendo a ponte entre cliente e desenvolvimento.

Quais são os desafios de empreender como mulher? E o que você indica para quem quer começar? 

Meus desafios e os dos meus sócios (homens) foram os mesmos. Me deparei com poucas pessoas que sinalizaram estranheza por eu ser mulher e logo foi dissipada por eu sempre ter foco no resultado, no negócio e conhecer muito bem a cadeia de valor do segmento. Entendo que conhecimento, atitude e autoconfiança são muito mais relevantes do que seu gênero.

Entre expectativa e realidade, o que você achava que era empreender e o que de fato é? 

Empreender pra mim é jogar diariamente com um desconhecido, com surpresas a cada dia e ser flexível e inteligente para não perder o foco, a força e seguir crescendo. Empreendedor não desiste, não se rende, não tem vida mole. E tudo isso vale muito a pena!

Quais lições de empreender no seu segmento? 

O segmento de tecnologia é muito interessante, porque tem muita novidade todos os dias e se você estiver atento pode estar sempre sendo relevante. A acomodação e falta de humildade eu penso ser a maior armadilha em nosso segmento.

Em quem ou no que você se inspira para continuar a empreender? 

Meu esposo, sem dúvida. Nunca conheci alguém tão persistente, resistente, criativo, alegre, disposto e inteligente como ele. O admiro demais. É bem difícil manter o ritmo dele. 

Você priorizou a carreira antes de ter uma família, como chegou nessa decisão e quais os principais benefícios dessa escolha? Mudaria algo? 

Sim, sempre tive o sentimento de que tanto a carreira quanto os filhos eram duas missões que exigiam muita dedicação. Admiro mulheres que conseguem desempenhar bem nisso simultaneamente, mas eu nunca achei que era o meu perfil. Então, optei por construir minha carreira e minhas finanças antes de ter meu primeiro filho, que nasce em dezembro. Até agora está indo bem, sigo trabalhando, em ritmo diferente, como eu esperava, mas com ótimos resultados. 

O que ser mãe te ensinou que você levou para o lado profissional? 

A delegar e a calibrar as expectativas. Penso que preparar o meu afastamento foi crucial para terminar alguns processos e formações que estavam ocorrendo sem pressa. É impressionante o que as pessoas podem fazer quando sentam na cadeira de última alçada de algo. Elas descobrem competências e ganham confiança de forma assustadora.

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