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Aumento do dólar estimula exportações de máquinas brasileiras para setor têxtil

Foto: divulgação

Se o aumento do dólar, que só em outubro acumulou alta de 4%, pesa no bolso quando o assunto é importação, para o setor têxtil a variação cambial traz um cenário positivo.

Isso porque o aumento gradativo da moeda estrangeira tem potencializado as exportações e muitas empresas brasileiras aproveitam o momento para fortalecer seus processos de internacionalização.

Um dos países em que o comércio de insumos têxteis com marcas brasileiras é cada vez maior é a Colômbia. Segundo o Ministério das Relações Exteriores, o comércio bilateral entre ambas as nações cresceu 165% entre 2005 e 2014.

Em Medellín, a Colombiatex, uma das maiores feiras têxteis da América Latina, é esperada com ansiedade pelo mercado em sua versão de 2022, que retorna presencialmente. Já no México é a Exintex, feira que ocorreu no último mês, que potencializa os negócios internacionais.

Entre as empresas brasileiras presentes em ambas as agendas e que aproveitam o aumento do dólar para fortalecer as exportações está a Delta Máquinas, de Pomerode.

A companhia já é referência em maquinário para a indústria da moda, com foco em automação de processos e aumento de produtividade.

Iniciou o processo de internacionalização em 2012 e, ao chegar aos 10 anos de comércio no exterior, espera superar as expectativas.

“Hoje já temos grandes clientes na América Latina e as exportações têm sido um caminho muito favorável para a recuperação econômica da indústria brasileira. Na Exintex, por exemplo, tivemos a oportunidade de expandir negócios e na próxima Colombiatex devemos superar ainda mais as vendas já registradas da área de exportação”, diz o CEO da Delta, Fábio Kreutzfeld.

PARCERIAS QUE REFORÇAM A QUALIDADE

Entre as companhias que adotam as soluções estão desde confecções de médio porte até conglomerados como a Supertex Group, responsável pela fabricação e exportação de peças que compõem marcas internacionais como Adidas, Under Armour, Patagoion, entre outras.

Somando a capacidade produtiva das fábricas colombianas e de El Salvador, a Supertex produz mais de 1,7 milhão de peças ao mês.

Daniel Herrera, diretor de projetos da Supertex Group, destaca os benefícios quantitativos e qualitativos da solução:

“Tivemos uma economia de 34% no tempo de trabalho entre relaxamento e corte dos materiais com a Relaxadeira da Delta. Antes, 10 profissionais atuavam no processo de relaxamento e medição de larguras. Agora são sete. Com a chegada da segunda máquina de relaxamento em nossa fábrica de El Salvador, estimamos que a economia de tempo seja de 50%. Com isso, apenas cinco profissionais precisarão ficar alocados neste processo. A qualidade do material relaxado automaticamente também é superior ao processo manual”.

A avaliação positiva no exterior estimula os negócios e projetos brasileiros, reforçando a estratégia de negócios como o da Delta.

A empresa, por exemplo, é associada ao Brazil Machinery Solutions, iniciativa que foi criada através de uma parceria entre a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (ABIMAQ) e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil).

Ela visa fortalecer a imagem do Brasil e suas empresas como fornecedoras de equipamentos de qualidade e promove ações de aproximação dos negócios participantes com o comércio internacional.

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