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Empresa de Joinville deve chegar a R$ 4 bilhões em antecipação de recebíveis

Foto: divulgação

A antecipação de recebíveis, recurso financeiro que permite o adiantamento do recebimento de valores futuros, é uma maneira simples e mais rápida do que as operações de empréstimo com os bancos tradicionais, que trabalham com altas taxas de juros e riscos que acabam afastando empreendedores do acesso ao crédito.

A Valorem, de Joinville, ao se especializar nesse tipo de operação, pretende fechar o ano com R$ 4 bilhões de recursos utilizados.

Esse número recorde só foi possível, pois, durante a pandemia, enquanto diversos bancos aumentavam suas restrições ao crédito e instituições fomentadoras fecharam as portas, a empresa manteve sua operação para atender as que mais precisavam de auxílio financeiro.

“Enquanto havia incentivos para as pequenas e facilidades para as grandes companhias, focamos no médio empresário, que ficou carente de benefícios para sobreviver à pandemia”, conta Charlote Odebrecht, vice-presidente do Grupo Valorem.

De acordo com pesquisa do Sebrae e da Fundação Getúlio Vargas (FGV), apenas 16% das quase 7 milhões de micro e pequenas empresas que solicitaram crédito nos primeiros meses de isolamento social conseguiram obter o dinheiro.

Isso mostra que apesar de ser essencial para o crescimento dos negócios, antecipar recebíveis não é prática muito popular, mas que pode ser um excelente meio para garantir liquidez imediata para pagar suas contas mais urgentes, sem o risco de endividamento.

“Antecipar recebíveis é para qualquer tamanho e natureza de empresa. Prova disso é que ajudamos empresas dos segmentos de transporte, indústrias, construção civil e área têxtil”, complementa a executiva.

O CRÉDITO NO PÓS-PANDEMIA

Mesmo neste momento de retomada econômica, muitos gestores ainda encontram dificuldade em manter a saúde financeira de suas empresas.

Com isso, nesse momento a antecipação dos recebíveis também se torna uma alternativa aos empréstimos tradicionais.

Segundo dados de outubro do Banco Central do Brasil, o crédito livre para pessoas jurídicas somou R$ 1,2 trilhão, alta de 2,9% no mês, contra os 15,5% das operações de desconto de duplicatas e outros recebíveis, em doze meses.

“Enquanto o mercado total de recebíveis aumentou pouco mais de 15%, a Valorem cresceu 60%, justamente por estar focada na categoria de empresas mais carentes da oferta de crédito, assumindo um importante papel de fomento à indústria nacional”, conclui.

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