Por Fernando Salla, CEO da Effecti.
Durante o evento nacional Effecti Experience, que aconteceu em novembro e abordou a tecnologia e inovação nas contratações públicas, ministrei um workshop sobre as ferramentas nas licitações e quais os benefícios que elas trazem para as empresas. A automação é, inegavelmente, responsável por avanços em todas as esferas de um negócio, desde respostas automáticas no e-mail até o uso da inteligência artificial para indicar os próximos passos estratégicos de uma empresa. E quando a tecnologia é aliada aos processos, os benefícios vão além da agilidade: redução de custos, possibilidade de remanejar talentos e auxiliar na tomada de decisões são algumas outras vantagens de estar atualizado com a tecnologia.
Empresas e fornecedores que participam das compras públicas não são diferentes de qualquer outro negócio que possa tirar proveito da automação, já que o uso da inovação sempre vem a somar para qualquer modelo de negócio. Nesse contexto, soluções modernas para licitantes reduzem erros de digitação, algo que, dependendo da pressa e nervosismo humano, poderia comprometer totalmente o fechamento de um contrato.
Além disso, a inteligência por trás das plataformas consegue analisar todas as possibilidades de editais para tornar a participação em processos e disputas mais assertivas por parte do fornecedor. Essa seleção acontece para todas as instâncias: federal, estadual e municipal. Isso é importante porque, independente da amplitude da prestação de serviço ou venda de produtos, as oportunidades são incontáveis, dificultando o acompanhamento de todas elas, caso uma empresa participe de vários setores nas compras públicas.
Para além de grandes corporações, a automação também beneficia empreendedores de micro, pequenas e médias empresas (MEs e PMEs), que também podem vender para o governo e estão amparadas pela Nova Lei de Licitações. Com o aumento na competitividade e poder de negociação com a Administração Federal, empresas desse porte tendem a ter pouca experiência no modelo de negócio, ou, às vezes, pretendem expandir sua capilaridade como fornecedor, mas não têm uma estrutura ou colaboradores disponíveis para acompanhar todos os editais. Nesses casos, a automação garante que uma equipe pequena, de uma ou duas pessoas, possa dar conta de todo o processo, evitando que funcionários sejam remanejados para essa função e prospectando novas oportunidades de maneira mais eficiente.
A agilidade gerada pela automação das operações geram métricas dos resultados e podem ser consultadas a qualquer momento, além, é claro, de contar com todas as informações reunidas em um só lugar. A lista de aspectos que tornam a automação primordial para o sucesso de um negócio é longa, mas outro ganho que merece destaque é a possibilidade de ter um overview da empresa, rede ou central de negócio, dos processos e dos resultados que têm sido alcançados até então. Ao ter a visão geral do que está acontecendo, se torna mais fácil identificar em quais propostas a empresa possui mais chances de vencer, redirecionando esforços para as demandas do governo que têm mais fit com a intenção de venda do licitante.
Também ressalto que, além de redução de custos operacionais e maior assertividade na participação em compras públicas, a integração da tecnologia nos processos tipicamente manuais também resulta na padronização. Com ações pré-determinadas e sistemáticas, a empresa consegue manter a consistência de participação e ganho nas licitações, resultando na boa atuação e destacando a marca como um negócio promissor e de sucesso no mercado.
Com o crescimento do fornecedor, a empresa ganha destaque no mercado. Consequentemente, a percepção de concorrentes em relação à automação de licitações também aumenta, fazendo com que o potencial da tecnologia gere fidelidade entre os que já utilizam as soluções e conquiste novas empresas interessadas em modernizar seu modelo de negócio.