O alívio, trazido pelo anúncio da Pfizer de que três doses de sua vacina podem neutralizar a variante Ômicron, traz conforto para a saúde e anima também os negócios.
Nesta semana, por exemplo, o Ibovespa sentiu os efeitos positivos nas ações de três grandes empresas de turismo e viagens: CVC, Gol e Azul, que operaram em alta com aumento de 6,29%, 7,83% e 6,27%, nas ações, respectivamente. O momento também reflete nas viagens corporativas, que devem ser ainda mais frequentes no próximo.
A retomada já começou a ser sentida no segundo semestre deste ano. Apenas em setembro a Associação Latino-Americana de Gestão de Eventos e Viagens Corporativas (Alagev) apontou que houve crescimento de 96% nas viagens corporativas do país. Neste cenário, o desafio das empresas será controlar custos e definir orçamentos para manter o fortalecimento dos negócios.
Para Cibeli Oliveira, diretora de Customer Experience da Paytrack, empresa especializada em soluções para gestão de viagens e despesas corporativas, o momento é animador e muitas empresas colocarão em prática iniciativas de automação organizadas durante a pandemia:
“Nestes últimos 2 anos muitos de nossos clientes aproveitaram a baixa de deslocamentos para organizar a casa, aplicando novas práticas de gestão e tecnologias para controlar despesas, passagens, hospedagens e comprovação de custos de forma integrada e ágil. Agora, eles devem aproveitar a retomada com mais efetividade nas atividades, podendo aplicar assertivamente os orçamentos com a comparação rápida de preços e a gestão em tempo real”, destaca.
Para a executiva, planejar o orçamento de viagens e cumprir com o que foi determinado é desafiador, visto que há uma instabilidade econômica com crescimento da inflação, mas possível com as ferramentas adequadas:
“Para isso, lideranças e gestores administrativos precisam avaliar dados e históricos de deslocamentos. Compreender, por exemplo, o melhor cenário na rotina de viagens só poderá ser feito mediante uma análise de dados consolidados e com a ajuda de soluções que contemplem todas as possibilidades de deslocamento em um único lugar”, complementa.
Com o fortalecimento de grandes empresas do setor de turismo, a oferta de serviços de deslocamentos também para a área corporativa potencializará o segmento.
A expectativa do setor é de que 46% dos brasileiros retomem as viagens corporativas já no início do próximo ano.
“Percebemos que há uma necessidade muito grande desse retorno, porque ele implica no fechamento de novos negócios e na manutenção do relacionamento com os clientes. O que será necessário, cada vez mais, é um controle financeiro sobre custos, com o apoio em tempo real ao viajante, para que seu foco seja na realização de suas atividades, reduzindo os trabalhos burocráticos, sem que isso afete o compliance da empresa”, conclui.
